A empresa de telecomunicações Toll Free Forwarding desenvolveu uma simulação 3D sobre como a aparência de seres humanos deve ser nos anos 3000, com o avanço da dependência tecnológica. Cientistas criaram Mindy, uma representação do futuro que é corcunda, tem o pescoço largo, as mãos em formato de garra e uma segunda pálpebra.
Essas características vêm da adesão massiva aos dispositivos e do tempo excessivo do uso de telas. A simulação foi divulgada nesta sexta-feira (4). As informações são do O Globo.
Um dos hábitos que vai impactar no corpo humano, segundo a pesquisa, é a mania de olhar constantemente para baixo durante o consumo de conteúdos na tela de smartphones e computadores. Isso fará com que nossas costas fiquem curvadas, pois, segundo o especialista em saúde e bem-estar Calebe Backe, a ação “cansa o pescoço e desequilibra a coluna”.
“Consequentemente, os músculos do pescoço precisam fazer um esforço extra para sustentar a cabeça. Sentar-se em frente ao computador no escritório por horas a fio também significa que seu torso é puxado na frente de seus quadris”, explicou Backe no comunicado de divulgação de Mindy.
‘MÃOS DE GARRA’ E ‘PESCOÇO TECNOLÓGICO’
Os braços e as mãos do ser do futuro podem ter mudanças anatômicas consideráveis pelo constante envio de mensagens e uso de teclados. Os dedos do ser humano dos anos 3000 serão curvados e com a aparência de uma garra.
Conforme os cientistas do projeto, o cotovelo também sofrerá consequências, pois esse membro está constantemente dobrado quando acessamos dispositivos. Será o chamado “cotovelo em 90 graus”.
Os criadores da pesquisa destacam mais uma característica de Mindy como o “pescoço tecnológico”. Quando se trabalha em computadores ou telefones, os músculos da nuca têm de se contrair para manter a cabeça erguida.
Isso foi destacado com base em um artigo de Daniel Riew, médico do Hospital Presbiteriano de Coluna Och, em Nova York. “Quanto mais você olha para baixo, mais os músculos precisam trabalhar para manter a cabeça erguida”, escreveu o profissional da saúde.
SEGUNDA PÁLPEBRA
Problemas de visão devem ser muito comuns nos anos 3000 por conta do uso prolongado de telas. Isso pode levar ao desenvolvimento de uma segunda pálpebra, que protegeria os olhos da forte iluminação dos dispositivos.
“Os seres humanos podem desenvolver uma pálpebra interna maior para evitar a exposição à luz excessiva, ou a lente do olho pode ser desenvolvida evolutivamente de modo a bloquear a entrada de luz azul, mas não outras luzes de alto comprimento de onda, como verde, amarelo ou vermelho”, pondera Kasun Ratnayake, cientista da Universidade de Toledo, nos Estados Unidos.
DN