O Ceará confirmou, nesta sexta-feira (11), onze casos da subvariante BQ.1 do coronavírus, causador da Covid-19. A princípio, quatro casos haviam sido identificados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) em pacientes que moram em Fortaleza. Horas depois, outros sete pacientes, sendo seis de Fortaleza e um do Eusébio, também foram diagnosticados, dessa vez pela Fiocruz Ceará. Todos apresentam apenas sintomas leves da doença.
Os registros foram confirmados por meio de sequenciamento genômico, informou a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Ainda segundo a pasta, a desembargadora Maria Nailde Pinheiro, governadora em exercício, reuniu-se nesta sexta com o Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia para discutir o cenário epidemiológico estadual.
A secretária-executiva de Vigilância em Saúde da Sesa, Sarah Mendes, ressaltou que o Ceará, assim como outros estados e países, vem mostrando aumento no número de casos. Apesar disso, “não há motivo para alarme“.
“Nós precisamos nos cuidar. É importante que a população redobre o seu autocuidado, busque a vacinação, que está em todas as unidades de saúde dos 184 municípios do Ceará”, destacou, pontuando que a nova subvariante não tem mostrado um nível de gravidade.
A Sesa orientou que a população complete os esquemas de vacinação contra a Covid-19 com as doses de reforço, conforme a faixa etária, para prevenir o contágio.
Em caso de sintomas gripais, a pasta indicou o uso de máscara e a realização de testagem em uma das unidades de saúde municipais. Se o paciente testar positivo para a doença, a recomendação é de isolamento social por sete dias, a contar do primeiro dia dos sintomas, ou, em caso de resultado negativo do exame, a partir do quinto dia.
Nova subvariante
A nova subvariante BQ.1 deriva da variante Ômicron do coronavírus e já foi encontrada em outros cinco estados — Amazonas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo — até o momento.
Na última terça-feira, o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte provocada pela subvariante. A vítima, de 72 anos, era residente de Diadema (SP), tinha comorbidades e não havia tomado as quatro doses do imunizante contra a Covid recomendadas pelas autoridades.
Os sintomas da subvariante, que não é de maior gravidade, são semelhantes aos das variantes anteriores. Dada a circulação do agente infeccioso, a recomendação da Sociedade Brasileira de Infectologia, divulgada em nota nesta sexta (11), é de que a população complete o esquema vacinal e mantenha medidas como distanciamento social, principalmente os segmentos mais vulneráveis.
g1