Marinha, bombeiros e outras forças de segurança retomam neste domingo (11) as buscas aos desaparecidos do naufrágio em Belém. No quarto dia de buscas, aeronaves e embarcações são usadas para tentar localizar mais pessoas que estavam no barco.
As buscas são realizadas com mergulhadores, além de 11 barcos e duas aeronaves do Estado e da Marinha.
Até a noite de sábado (10), foram 20 mortes confirmadas pela Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup): 12 mulheres, 5 homens e 3 crianças. Outras 65 pessoas sobreviveram.
Como a embarcação era irregular, não há lista oficial de passageiros e, com isso, a Segup não divulgou quantas pessoas ainda estão desaparecidas.
A procura é feito a partir de relato de familiares, a maioria deles marajoaras, que seguem no aguardo respostas sobre os parentes.
Segundo a Segup, familiares de desaparecidos podem procurar o Grupamento Fluvial, na avenida Arthur Bernardes, nº1000, em Belém, onde são atendidos por equipe multidisciplinar que fornece informações, serviços essenciais, assistência pisco-social ou qualquer outra necessidade urgente.
Segundo a secretaria, os corpos que não forem procurados por familiares permanecem no Centro de Polícia Científica, até que sejam identificados. Um número da Defesa Civil do Estado foi divulgado para fornecimento de informações: (91) 98899-6323.
A lancha carregada de passageiros, incluindo crianças e idosos, naufragou na manhã de quinta-feira (8) em frente à Ilha de Cotijuba em Belém. A embarcação saiu de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, com destino à Belém . No sábado (10), sete pessoas que morreram no naufrágio foram sepultadas no Marajó e quatro em Belém.
O naufrágio
A lancha não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros e saiu de um porto clandestino, segundo a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa), que já tinha notificado a empresa três vezes, sendo a última vez em agosto.
Além da Marinha, a Polícia Civil investiga o caso. O responsável pela embarcação estaria na embarcação e sobreviveu, segundo testemunhas, mas a polícia ainda não o localizou.
O g1 pediu informações à polícia sobre a investigação e se algum responsável pelo barco foi ouvido, mas não recebeu resposta até a noite de sábado (10).
A Polícia informou apenas que “diligências estão sendo conduzidas para ouvir testemunhas e levantar maiores informações sobre o ocorrido. A PC reforça que todas as medidas cabíveis, dentro das suas atribuições, estão sendo adotadas para esclarecer os fatos e responsabilizar criminalmente os responsáveis pelo ocorrido”.
Um vídeo divulgado em redes sociais mostra quando a água começou a entrar no barco – veja abaixo.
g1