A um dia do prazo final para a realização de convenções eleitorais, o Ceará ainda segue com indefinições acerca de candidaturas para as eleições 2022 no estado. O primeiro turno do pleito deste ano está marcado para o dia 2 de outubro; o segundo turno, para o dia 30 do mesmo mês.
Atualização: esta matéria foi atualizada às 11h09 desta sexta-feira (5) após realização de convenção partidária pelo União Brasil (UB). As coligações partidárias podem ser realizadas até o fim desta sexta, e eventuais mudanças podem ocorrer no período.
Conforme estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as convenções partidárias começaram no dia 20 de julho e podem ocorrer até esta sexta-feira (5), sendo essenciais para a definição das concorrências dos partidos políticos. Tais eventos podem ocorrer de forma presencial, virtual ou híbrida.
Se os candidatos indicados não tiverem passado ou sido aprovados em convenção, a candidatura é considerada inválida, segundo a lei eleitoral.
Após realizarem as convenções, legendas, federações e coligações partidárias devem solicitar registro de candidatura dos escolhidos até as 8h do dia 15 de agosto, pela internet, ou até as 19h do mesmo dia em mídia entregue ao Tribunal. Os pedidos de registro devem ser analisados e julgados até o dia 12 de setembro.
Candidatos ao governo
Até esta quinta-feira (4), estão definidas pelo menos cinco candidaturas para o governo do Ceará. O pleito contará com disputa entre Capitão Wagner (União Brasil), Elmano de Freitas (PT), Roberto Cláudio (PDT), Serley Leal (Unidade Popular) e Zé Batista (PSTU). Com exceção destes dois últimos, cada candidato conta com apoio de coligações partidárias, quais sejam:
- Capitão Wagner: União Brasil, PL, Republicanos, PTB, Pros, Podemos, Avante;
- Elmano de Freitas: PT, PC do B, PV, MDB, Psol, Rede, Solidariedade, Pros;
- Roberto Cláudio: PDT, PSD, PSDB, PSB, Cidadania.
A pré-candidata escolhida pelo Psol, Adelita Monteiro, retirou, nesta quarta-feira (3), candidatura pela gestão estadual a pedido do ex-presidente Lula. Agora, ela entrará na disputa eleitoral pelo cargo de deputada federal e passou a apoiar as candidaturas petistas.
Capitão Wagner teve candidatura oficializada em convenção partidária da chapa ocorrida na manhã desta sexta, na quadra da UniFametro, em Fortaleza. A coligação indicou Raimundo Gomes de Matos (PL) para integrar a chapa como candidato a vice do militar.
Já Elmano de Freitas teve candidatura oficializada no sábado (30), durante convenção de petistas e aliados realizada no Centro de Eventos do estado. O evento teve participação do ex-presidente Lula — atual candidato pela presidência —, do ex-governador Camilo Santana e de outros políticos do partido, como os deputados federais Luizianne Lins, José Guimarães e Gleisi Hoffmann.
Roberto Cláudio foi oficializado candidato do PDT em 24 de julho, em convenção realizada na quadra de escola particular em Fortaleza. O evento também definiu Domingos Filho (PSD) a vice-governador da chapa. O ex-prefeito de Fortaleza contou com apoio de Ciro Gomes — candidato do partido à Presidência —, do prefeito José Sarto e do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Izolda Cela, atual chefe do Executivo cearense, não foi escolhida pelo partido.
Anunciado como pré-candidato pelo Unidade Popular em fevereiro, Serley Leal foi escolhido pelo partido em convenção estadual realizada no último domingo (31), em escola pública de Fortaleza. O evento teve formato híbrido e serviu para início do planejamento da campanha no estado. O escolhido para concorrer vice foi o indígena Bita Tapeba, de Caucaia.
Já o candidato Zé Batista foi homologado como escolha do PSTU em convenção realizada no dia 23 de julho, na sede da CSP-Conlutas Ceará. Na cerimônia, o servidor público Reginaldo foi oficializado candidato a vice-governador da chapa, além de candidatos a outros cargos.
Candidaturas ao Senado
Até esta quinta, três candidatos foram aprovados em convenções partidárias para concorrer ao cargo de senador, com mandato de oito anos no Congresso Nacional. São eles:
- Camilo Santana (PT);
- Carlos Silva (PSTU);
- Kamila Cardoso (Podemos).
Camilo Santana teve candidatura oficializada em convenção partidária ocorrida no sábado (30), quando Elmano de Freitas foi confirmado como escolha do partido para disputa pelo Palácio da Abolição. Contudo, o nome dele já era cotado para a disputa desde a renúncia à liderança do Executivo estadual, realizada antes do prazo para desincompatibilização eleitoral.
Já Carlos Silva foi escolhido pelo PSTU para concorrer ao Senado no mesmo evento partidário que definiu as escolhas para governador e vice-governador pela legenda.
A candidata Kamila Cardoso foi oficializada em convenção realizada pelo partido na manhã desta sexta-feira (5), em Fortaleza. A chapa indicou a candidatura da advogada no lugar de Pastor Paixão (PTB), que teve candidatura oficializada pelo diretório petebista no Ceará em encontro estadual ocorrido no dia 9 de julho — antes do prazo indicado para realização das convenções.
Candidatos a deputado estadual e federal
Várias coligações definiram também quem vai concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do Ceará e Câmara Legislativa.
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Candidaturas no Ceará
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) recebeu os primeiros registros de candidatura em 25 de julho. Na ocasião, o Partido Novo apresentou dois requerimentos, um para deputado estadual e outro para deputado federal.
Após os políticos cearenses terem candidaturas aprovadas pela Justiça Eleitoral, eles disputarão votos de 6.820.673 eleitores cearenses. O número representa aumento de 7,5% do eleitorado do estado desde o último pleito geral no país, em 2018.