Uma mulher foi presa sob a suspeita de assassinar o próprio filho, minutos após o nascimento da criança. O crime aconteceu em 2019, na Praia do Futuro, em Fortaleza. Na última semana, Bianca Rodrigues Santos foi detida, no Mato Grosso do Sul.>
A investigação deflagrada pela Polícia Civil do Ceará durou quase três anos até que as autoridades chegassem ao paradeiro da suspeita. Na última quarta-feira (29), a mulher foi denunciada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), que também pediu a manutenção da prisão.
Segundo a Polícia, Bianca veio do Mato Grosso do Sul a Fortaleza e se hospedou em uma pousada na Praia do Futuro. Quando deu à luz, matou o bebê e abandonou o corpo do recém-nascido do sexo masculino, nas imediações de onde estava hospedada.
A Perícia apontou que a criança nasceu com vida e foi morta por sufocamento. Na época, a Polícia foi acionada para atender a uma ocorrência de achado de cadáver em frente a uma barraca de praia.
Testemunhas relataram ter ouvido choro de bebê durante a madrugada do dia 29 de agosto de 2019. A mulher teria pedido panos e rolos de papel higiênico ainda no hotel. Horas depois, teria saído levando o corpo da criança enrolado em um pano e deixado o corpo na Avenida Zezé Diogo.
A investigação, realizada pela 10ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio do Núcleo de Inteligência Policial da especializada, constatou que mulher embarcou para Cascavel, no Paraná, logo após o homicídio.
“Com as informações sobre a localização da suspeita, colhidas no decorrer da investigação, a Polícia Civil do Ceará representou pelo mandado de prisão preventiva contra a investigada. O pedido foi deferido pelo Poder Judiciário cearense e cumprido pela Polícia Civil do MS. O procedimento policial foi finalizado e remetido à Justiça”
PCCE
Quando capturada, a suspeita alegou que não sabia que estava grávida, até entrar em trabalho de parto: “As coisas aconteceram muito rápido e o bebe somente saiu”, disse ela em depoimento.
Bianca ainda afirmou ter surtado com a notícia e que o bebê não tinha chorado: “Como o bebê não chorou, pegou o bebê e enrolou em um vestido vermelho descendo com ele enrolado no vestido, e deixou-o em um terreno baldio próximo ao hotel […] que sua intenção era deixa-lo no local demodo que alguém pudesse encontra-lo”.
A versão dela contradiz com as de testemunhas, que disseram ter ouvido choro de bebê durante a madrugada, vindo do quarto da hóspede. A suspeita teve prisão temporária convertida em prisão preventiva, por decisão proferida na Justiça do Ceará.