A Justiça do Ceará concedeu o direito à prisão domiciliar para a influencer Jéssica Andrade da Silva, 28 anos, presa na Bahia, no último dia 22 de junho. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) a defesa de Jéssica ingressou com pedido de liberdade provisória alegando que ela é mãe de duas crianças menores de 12 anos.
Diante do pedido, o Juízo da Vara de Delitos de Organizações Criminosas determinou a prisão domiciliar de Jéssica Andrade com aplicação de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição do uso de aparelho celular ou fixo, bem como recebimento de qualquer tipo de visita, com exceção de familiares até o 2º grau, profissionais da saúde e advogados com procuração nos autos.
Jéssica foi denunciada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público estadual.
Prisão em Salvador
A influencer, que nas redes sociais ostentava para os seguidores viagens, passeios de helicóptero e fotos em lancha, foi capturada no dia 22 de junho, em Salvador, durante o cumprimento de um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara de Delitos de Organização Criminosa de Fortaleza.
Conforme o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), após a autorização para a transferência para o estado do Ceará, foi solicitada informações sobre a viabilidade de vagas para Jéssica em uma unidade prisional do Estado.
“O Juízo da Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Ceará expediu ofício à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para que seja informado sobre a viabilidade de vagas para a custodiada em unidade prisional do Ceará. O processo segue em andamento no Judiciário cearense”, disse o TJCE.
Histórico de crimes
Conforme levantamento da Polícia Civil, Jéssica escondia um histórico de crimes cometidos, pelo menos, desde 2016. Ela era companheira de Vicente Antônio de Freitas Filho, conhecido como “Vicente Peru”, de 36 anos, um dos chefes de uma organização criminosa no Estado, preso em 2016, em Goiás, e que atualmente está em unidade prisional federal.
De acordo com as investigações, após a transferência de “Vicente Peru” para o Sistema Penitenciário Federal, em 2017, Jéssica passou a exercer funções do chefe no grupo, com “amplo conhecimento” dos negócios ilícitos do agora ex-companheiro.
Jéssica seria suspeita ainda de participar, em determinadas ocasiões, diretamente das ordens de “Vicente Peru” ou colaborava de alguma forma para que estas fossem cumpridas.
SVM