O americano residente no Ceará investigado por mensagens racistas desejou “morte aos negros” e disse que “tinha que ter acontecido mesmo”, se referindo à morte do compatriota George Floyd, homem negro morto sufocado por um policial branco nos Estados Unidos em 2020. O conteúdo havia sido postado no YouTube, plataforma de vídeo do Google, empresa que indicou o autor das postagens criminosas.
De acordo com o delegado da Polícia Federal Victor Mesquita, que participou a operação que cumpriu mandados de busca e apreensão contra o suspeito nesta terça-feira (21), o autor das mensagens de ódio se abrigou em uma cidade no Ceará após postar o conteúdo racista em canais do YouTube.
“Chegando ao Brasil, a gente identificou através de investigação de IP, de localização… e se trata realmente da pessoa que o Google tinha indicado, que realmente estava residindo no Brasil e também se tratava de um americano. Ele foi encontrado aqui em Fortaleza e já uma pessoa com mais de 70 anos.”
Com o mandado judicial, os agentes buscaram aparelhos celulares, documentos e outras mídias para instrução de inquérito policial e detalhamento da atuação do suspeito do crime investigado.
Investigações em 2021
A Polícia Federal afirmou que as investigações tiveram início no ano de 2021, a partir de cooperação policial através da Interpol e descobriram publicações de comentários racistas e incitando a violência em vídeos na Internet.
Os comentários eram inscritos em vídeos de notícias de caso que repercutiu nos Estados Unidos, envolvendo a morte de George Floyd, morto em Minneapolis, no dia 25 de maio de 2020.
O investigado poderá responder pelo cometimento, em tese, do crime de ódio, com penas de até cinco anos de prisão. As investigações continuam, com análise do material apreendido. O nome da operação remete a “pare de odiar”, em inglês.
g1