Uma cobra-coral verdadeira foi resgatada em um jarro de uma casa em Crateús, no interior do Ceará. A espécie é a mais venenosa do Brasil, conforme o Corpo Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), que realizou o resgate, neste sábado (18). Após ser localizada, a cobra foi devolvida ao habitat natural, em uma área de proteção ambiental.
O perigo da picada dessa cobra é o veneno causar parada respiratória e posterior morte. “A sorte é que, no Ceará, a coral verdadeira normalmente é defensiva, não caça animal de sangue quente e vive mais escondida no solo”, informa o CBMCE.
Os bombeiros foram acionados, e agentes do quartel da da 2ª Companhia do 3º Batalhão atenderam a ocorrência. “O procedimento preventivo foi adequado, pois devemos sempre manter distância de animais silvestres. Principalmente quando há crianças e animais domésticos na residência”, disse o líder da guarnição, cabo Lima.
Apesar do veneno potente, as corais verdadeiras têm um temperamento e anatomia que minimizam as chances de acidentes: menos de 1% dos acidentes ofídicos notificados em todo o Brasil. Ainda assim, os bombeiros militares recomendam manter distância, isolar o local, e acionar a corporação pelo número 193.
Cuidado com outras espécies
Serpentes como a jararaca e a cascavel também inspiram alerta, conforme os bombeiros. As cobras do gênero Bothrops (jararacas) respondem por aproximadamente 90% dos acidentes do Brasil.
“São serpentes de maior porte, maior ângulo de abertura bucal e dentes mais especializados, que utilizam o bote como mecanismo de defesa, além de poderem ser encontradas em áreas urbanas”, acrescentou o órgão.
Sem tratamento, o risco de morte após a picada da cascavel chega a 70%, enquanto o índice da jararaca é 30%. “Durante a quadra chuvosa, a quantidade de cobras se multiplica em áreas urbanas e rurais devido à maior incidência de seu principal alimento, o rato”, complementou.