Um dia após ser presa com R$ 2 milhões em espécie, a delegada Adriana Belém foi exonerada do cargo que ocupava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (11).
Nessa terça-feira (10), a policial civil foi alvo da Operação Calígula, que investiga uma rede de jogos de azar do bicheiro Rogério de Andrade e do PM reformado Ronnie Lessa, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Durante a ofensiva, os agentes localizaram R$ 1,2 milhão em sacos de grifes famosas e pouco mais de R$ 500 mil em uma mala. O montante estava na casa dela, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca.
Antes disso, a delegada havia mentido para os policiais alegando que tinha apenas um cofre com R$ 60 mil. Quando foram encontradas as malas, ela disse que não tinha chave, mas os policiais usaram uma faca para cortá-la.
PRISÃO
Ela foi encaminhada à Corregedoria da Polícia Civil e deve ser levada ainda nesta manhã para o presídio do Benfica, na Zona Norte do Rio, onde passará por audiência de custódia.
O mandado de prisão de Adriana Belém foi expedido pela 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), que considerou o “grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva”.
O juiz Bruno Monteiro Ruliere justifica ainda que “o gigantesco valor em espécie” encontrado dá “credibilidade ao receio de que, em liberdade, a ré destrua ou oculte provas ou crie embaraços aos atos de instrução criminal”.
DN