A doença foi confirmada após um felino apresentar lesões de pele que não curavam. Durante investigação através de citologia e cultura microbiológica, foi diagnosticada e confirmada a doença. O caso foi notificado ao Núcleo de Vigilância da Prefeitura de Fortaleza. Os exames passaram por uma segunda rodada de confirmação, junto à Universidade Estadual do Ceará (Uece), através do exame de cultura no Laboratório de Microbiologia Veterinária da Universidade, em parceria com o Centro Especializado em Micologia Médica da Universidade Federal do Ceará (UFC). O próximo passo é identificar a espécie exata, trabalho que está sendo realizado pela Universidade Federal Rural da Amazônia.
Esporotricose felina
Em gatos, a doença que se origina de fungos provoca feridas profundas na pele, avermelhadas e com secreções purulentas. Pode aparentar que o animal passou por briga. Porém, os nódulos que surgem não diminuem e o animal não se recupera sozinho. No geral, os gatos se arranham na face e é por isso que as lesões aparecem mais nesta região. As informações são do Conselho Regional de Medicina.
Se as feridas não forem tratadas rapidamente, elas podem evoluir para a fase linfocutânea, que é quando se desenvolvem para úlceras com secreções na pele. Por se tornarem mais profundas, podem comprometer o sistema linfático dos gatos. De acordo com informações do CRMV-CE, nesta fase, os fungos já se espalharam por todo o corpo e podem acometer os órgãos internos, tornando mais difícil a recuperação. O animal pode ter febre, falta de apetite e emagrecimento, apatia, problemas no sistema respiratório, além de feridas em várias partes, levando-a à morte.
Esporotricose humana
Os sintomas em humanos aparecem após a contaminação do fungo na pele. De acordo com informações do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará, o desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto. Em casos leves, a lesão se cura de forma espontânea. No entanto, em formas graves da doença, o fungo pode afetar os pulmões, por exemplo. Nesses casos, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose. O fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa.
O Povo