O Corpo de Bombeiros continua na manhã desta sexta-feira (25) com o resgate de uma mulher de 48 anos que caiu dentro de um poço de 30 metros de profundidade em Juazeiro do Norte, a 491 km de Fortaleza. Sônia Cristina Pereira da Silva está há mais de 15 horas no local. O acidente aconteceu nesta quinta-feira (24) por volta das 14h. Uma das mulheres, Edilânea Moreira, de 38 anos, foi retirada às 17h.
Edilânea Moreira foi levada para atendimento médico com ferimentos nos braços e no fêmur, mas segundo familiares, passa bem.
De acordo com familiares, a cacimba está desativada há muito tempo, na casa que fica no Bairro Santa Tereza, no município do Cariri. Os bombeiros ainda trabalham no resgate com o reforço de equipes do Crato e de voluntários. Na manhã desta sexta-feira a equipe aguarda um guincho para poder içar a tampa da cacimba e só depois resgatar a segunda mulher.
Bombeiros tentam pelo segundo dia resgatar mulher que caiu em poço de
A irmã da mulher que se encontra ainda na cacimba, a comerciante Maria Pereira, disse que a madrugada foi de muita apreensão e difícil.
“Apreensiva agora. Hoje estamos aguardando um guincho para poder fazer a retirada da tampa da cacimba que está sobre ela para poder resgatar ela. Tudo está na mão de Deus. Escutamos um barulho e quando corri para lá gritamos. Meu pai que desativou ela a cacimba e colocou a tampa. Madrugada muito difícil, pois, a noite teve muita chuva”, contou.
Deslizamento de terra
Os bombeiros precisaram interromper o trabalho à noite em razão do início de chuva, o que atrasou o resgate. De acordo com major Artur Graça, houve um deslizamento de terra e o poço é muito profundo. Por conta disso a equipe demorou para chegar na primeira vítima.
“Situação muito difícil. Trata-se de uma cacimba desativada. O piso cedeu a tampa da cacimba desceu e o que aconteceu foi um deslizamento escondido debaixo do piso e criou-se um grande abismo. Quando isso desabou, as duas senhoras caíram e foram para o fundo e a tampa ficou pelo caminho e não conseguimos chegar até lá”, afirmou.
Ainda segundo Artur Graça o local oferece riscos também às autoridades, já que a estrutura próxima à cacimba corre o risco de desabar.
“O nosso primeiro trabalho foi deslocar essa tampa e não tinha como remover. A cacimba não tem nenhuma estrutura de segurança e tem risco de deslizamento de mais material. Inclusive parte da construção da estrutura da casa é iminente e ele precisa ser interditado”, disse.
Nordeste Notícia
Fonte: g1