O funkeiro MC Poze do Rodo faria sua primeira apresentação em Salvador no próximo sábado (30), mas deve ficar para outra oportunidade. A primeira ‘dificuldade’ para a realização do evento, que aconteceria no Alto do Andu, na região da Avenida Paralela, se apresentou através das redes sociais, em vídeos publicados por membros de uma facção criminosa ameaçando o músico carioca de morte.
Horas depois da divulgação do vídeo, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgou, na noite desta quinta-feira (28), a informação de que o show não foi liberado justamente para evitar algum incidente mais grave.
“A Secretaria da Segurança Pública não permitirá a realização do evento ‘Baile do Embrasa’, marcado para o próximo sábado (30), no espaço de shows Alto do Andú, em Salvador. Ameaças de traficantes contra o MC Poze, uma das atrações, motivaram a decisão.”
Ainda de acordo com a pasta, as equipes de inteligência apuram uma possível rixa entre organizações criminosas e o cantor. A SSP cita ainda a existência do vídeo.
“Embora a competência para autorizar shows seja da Prefeitura, cabe, no entanto, ao estado garantir a segurança e prevenir para que delitos não ocorram. Nosso principal objetivo é preservar vidas”, afirmou o secretário Ricardo Mandarino.
Precedentes
Essa não é a primeira vez que o carioca MC Poze é ameaçado por membros de organizações criminosas, após anúncios de shows em outras cidades.
Desta vez, criminosos foram até o local onde ocorreria o ‘Baile do Embrasa’ para pichar o muro e ameaçar o artista. Nas imagens, é possível ver armas e até granadas.
“Vai tocar aqui não, MC Poze aqui na Bahia é bala”, diz um dos homens, sem mostrar o rosto, enquanto outro escreve ameaças na parede da casa de shows. Ao final, os criminosos ainda efetuam uma série de disparos contra as paredes e portão.
Outras ameaças
O funkeiro carioca já possui um histórico de desavença com facções criminosas pelo país. MC Poze já precisou cancelar um show em Manaus (AM), após sofrer ameaça de morte de bandidos locais.
No ano passado, o artista chegou a ser investigado pela polícia do Rio de Janeiro por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e teve a prisão preventiva decretada após ser denunciado pelo Ministério Público local.
De acordo com o inquérito, Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, nome de batismo do artista, faria parte da maior facção criminosa do Rio. Ainda segundo a polícia, ele ainda seria responsável por incitar a violência, promover o grupo criminoso e participar de shows pagos pelo tráfico.
Nordeste Notícia
Fonte: Correio24horas