Uma madrugada de sexta e manhã de sábado histórica para o esporte olímpico brasileiro. Foram 3 ouros no intervalo de 10 horas: futebol masculino, Isaquias Queiroz e o surpreendente Hebert Conceição. Brasil chegou a 7 ouros, 4 pratas e 8 bronzes, 19 no total. Mais duas estão garantidas faltando definir a cor: Bia Ferreira no boxe e o vôlei feminino. Recorde de medalhas em uma edição. Número de ouros igualado da melhor campanha em 2016.
Vamos ao resumo do dia:
Canoagem: Fenomenal a atuação de Isaquias Queiroz, ouro olímpico na prova de c1 1000 metros O campeão mundial de 2019 confirmou o favoritismo e aos 27 anos soma agora 4 medalhas em duas edições olímpicas: 1 ouro, duas pratas e 1 bronze. O brasileiro venceu as duas eliminatórias antes da final e na decisão liderou a partir dos 500 metros. A prata ficou com o chinês Liu Hao e o bronze com o moldavo Serghei Tarnovischi.
A grande decepção foi o alemão bicampeão olímpico e várias vezes campeão mundial Sebastian Brendel, que sequer vaga para a final conseguiu. Em 2013, Isaquias ameaçou abandonar a canoagem pela falta de apoio da Confederação Brasileira de Canoagem. Seguiu, e com ajuda do falecido técnico espanhol Jesus Morlan, se tornou um ídolo brasileiro.
Futebol: Brasil chegou ao bicampeonato olímpico no masculino, em um jogo decidido apenas na prorrogação contra a Espanha. Vitória de 2 a 1 com gol de Malcolm após empate em 1 a 1 no tempo normal. Na campanha do ouro 4 vitórias e 2 empates.
Boxe: E temos pela 2º Olimpíada seguida, um campeão olímpico no boxe. Hebert Conceição venceu na final da categoria 75kg o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, que tinha no currículo o título mundial 2017 e dos Jogos Europeus 2019. Desde 2016, o ucraniano não era derrotado. Mais de 60 vitórias seguidas.
Hebert Conceição perdia a luta contra o ucraniano nos 2 primeiros rounds. A pontuação apontava 20 a 18 para o europeu. Porém, algo raro em finais aconteceu no terceiro round. O brasileiro acertou um cruzado de esquerda e mandou o adversário ao chão. Nocaute. Em 2016, o Brasil havia conquistado ouro no boxe, com outro Conceição, o Robson.
Na madrugada deste domingo as 2h da manhã, o Brasil pode conquistar mais um ouro. Beatriz Ferreira, a Bia, enfrenta a irlandesa Kelly Harrington. Será o duelo das duas últimas campeãs mundiais. A irlandesa venceu em 2018 e a brasileira em 2019. Porém, a irlandesa não vive boa fase e Bia é favorita.
Vôlei: Depois de 4 Olimpíadas seguidas, a seleção brasileira masculina terminou sem medalha olímpica. Nesta madrugada perdeu da Argentina na disputa do bronze por 3 sets a 2. O Brasil chegou como favorito ao ouro, principalmente depois do título da Liga das Nações em que passou por todos os principais adversários. Terminou com um melancólico 4º lugar. Com o comando de Bernardinho, o Brasil foi ouro em 2004 e 2016, prata em 2008 e 2012.
A queda do vôlei brasileiro em geral é preocupante. Somando praia e quadra foram 4 medalhas em 2008 e 2012, 3 em 2016 e apenas uma agora em 2020, graças ao vôlei feminino. Na madrugada deste domingo, 1h30 horário de Brasilia, tem a final do torneio feminino entre Brasil e Estados Unidos.
Saltos ornamentais: Resultado importante nesta madrugada para o Brasil. Kawan Pereira conseguiu vaga na final da plataforma masculina e terminou na 10º colocação.. Em relação a eliminatória, Kawan melhorou bastante seu desempenho de notas. O ouro e a prata ficaram com os favoritos chineses: Yang Jian e Caio Yuan. Em 8 provas em Tóquio, a China foi ouro em 7.
Hipismo: Na final de equipes, o Brasil não foi bem. No total, a equipe acumulou 29 pontos perdidos e ficou em 6º lugar. Em 2016 a posição foi o 5º lugar. Todos os cavaleiros perderam pontos em suas apresentações: Marlon Zanotelli 12, Yuri Mansur 4 e Pedro Vennis 13. O ouro ficou com a Suécia, prata para Estados Unidos e bronze para a Bélgica.