Jogadores da seleção brasileira comemoram gol no jogo Brasil x Espanha, na final do futebol masculino das Olimpíadas de Tóquio(foto: Lucas Figueiredo/CBF)

O Brasil é bicampeão olímpico! Invicto e defendendo a medalha de ouro, a seleção brasileira encarou a Espanha, neste sábado (7), na grande final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e foi um duelo digno de decisão. O Brasil saiu na frente com Matheus Cunha, mas cedeu o empate, que perdurou até o segundo tempo da prorrogação, quando Malcom saiu do banco fez o gol do título olímpico, decretando a vitória por 2 a 1.

Matheus Cunha e Malcom foram os personagens do jogo, com duas belas histórias. O camisa 9 havia sofrido uma contratura na coxa, ficou fora dos últimos jogos e se recuperou a tempo da final entre Brasil e Espanha, fazendo ainda o primeiro gol. E o camisa 17 foi o último a se apresentar à seleção e só foi convocado porque o meia Douglas Augusto não foi liberado.

Assim, o Brasil segue sendo a nação que mais conquistou medalhas no futebol masculino dos Jogos Olímpicos e aumenta o número para seis no total. São duas de ouro, três de prata e duas de bronze. A Espanha, do outro lado, segue com apenas uma medalha dourada, conquistada em casa, em 1992.

Além disso, a seleção brasileira encerra os Jogos Olímpicos de Tóquio de maneira invicta. Foram quatro vitórias e dois empates. A classificação para a final, inclusive, foi conquistada nos pênaltis contra o México. Além disso, Richarlison termina a competição como artilheiro, com cinco gols.

O jogo

Primeiro tempo

Recuperado de lesão, Matheus Cunha foi para o jogo no time titular. A partida, no entanto, começou bastante amarrada, com a Espanha marcando alto e bem compactada, o que dificultava a saída de bola do Brasil. Ainda assim, as equipes se estudavam bastante e demoraram para finalizar de fato ao gol.

Aos poucos, a seleção brasileira foi se encontrando melhor no jogo e conseguia encaixar mais jogadas de ataque, igualando ações. Aos 16 minutos, a Espanha quase abriu o placar em escorada de cabeça de Oyarzabal, mas Diego Carlos salvou em cima da linha. O Brasil logo respondeu em jogada de Richarlison com Douglas Luiz, mas Unai Simón fez a defesa. Jogo igual até então.

Com metade do primeiro tempo, foi o Brasil quem subiu a marcação e jogava no campo de ataque em busca de espaços. E aos 24 minutos, teve uma boa chance, quando Arana enfiou para Richarlison, que chegou batendo de primeira e acertou a rede, mas pelo lado de fora.

Aos 36 minutos, Matheus Cunha sofreu falta na lateral do campo. Na cobrança, ele mesmo subiu na área para cabecear, mas foi atropelado pelo goleiro espanhol. Juiz foi chamado pelo VAR, foi ao monitor e marcou a penalidade máxima. Richarlison foi quem bateu o pênalti, mas o Pombo colocou muita força e isolou a bola, desperdiçando grande oportunidade.

A partida voltou a ficar mais equilibrada, e mais faltosa, mas o Brasil despertou nos minutos finais e pressionou a Espanha. E foi recompensado. Já nos acréscimos, Claudinho cruzou forte na área, mas Daniel Alves acreditou na jogada e conseguiu escorar para trás. Matheus Cunha chegou pelo meio, ganhou dos dois zagueiros espanhóis e mandou para o fundo do gol, abrindo o placar na final olímpica.

Brasil e Espanha - Seleção brasileira de futebol masculino - Jogos Olímpicos de Tóquio
Matheus Cunhase recuperou de lesão e abriu o placar para o Brasil (Lucas Figueiredo/CBF)

Segundo tempo

A segunda etapa já começou agitada, com chances interessantes para os dois lados. Aos dois minutos, o capitão Oyarzabal soltou o pé, mas bola resvalou em Soler, que estava impedido. Na sequência, o Brasil respondeu com bela arrancada de Antony, que também estava em posição irregular.

Aos seis minutos, Claudinho ajeitou de cabeça para Matheus Cunha, que achou Richarlison livre. O Pombo driblou e bateu bem, mas a bola explodiu no travessão para desespero do camisa 10, que queria muito o gol. A Espanha, no entanto, tinha mais a bola e começou a chegar com maior perigo.

O time europeu cruzava bastante na área brasileira, até que surtiu efeito. Aos 15 minutos, Soler avançou nas costas de Arana e cruzou. Por trás de Daniel Alves, o capitão Oyarzabal chegou batando de primeira para empatar a partida em Yokohama.

(Lucas Figueiredo/CBF)

O Brasil pareceu sentir o gol. A Espanha tomou conta da posse e trabalhava no campo de ataque, com os 12 brasileiros recuados. A seleção tinha dificuldade para sair jogando e, quando conseguia, pecava na finalização. E André Jardine não mexia no time. Aos 38, Soler apareceu de novo e soltou um cruzamento fechado, que saiu como um chute e pegou no travessão brasileiro. E aos 43, Bryan Gil mandou no mesmo travessão.

A Espanha estava mais inteira no jogo, especialmente devido às alterações que fez, justamente com Soler e Bryan Gil. E o Brasil parecia morto em campo, cansado, apenas esperando mais um tempo extra.

Prorrogação

André Jardine usou uma das seis substituições que tinha para iniciar a prorrogação, colocando Malcom no lugar de Matheus Cunha. O Brasil, no entanto, começou melhor e conseguia chegar com mais perigo nos primeiro minutos do tempo extra, pressionando os espanhóis. Aos seis, Claudinho foi esperto e roubou a bola em erro dos adversários, mas chutou muito forte e isolou.

A seleção brasileira dominava o primeiro tempo da prorrogação, mas não conseguia ser de fato efetivo. Do outro lado, a Espanha quase não ficava com a bola. Com isso, os primeiro 15 minutos terminaram com o placar novamente inalterado.

Mas durou pouco. Porque aos dois minutos, Antony roubou a bola e lançou perfeito para Malcom. O camisa 17 ganhou de Eric Garcia, botou na frente e chutou cruzado! O goleiro ainda resvalou na bola, mas ela morreu no fundo do gol, decretando a vitória e o título olímpico!

Malcom entrou na prorrogação e marcou o gol do título (Lucas Figueiredo/CBF)

 

 

 

 

 

Nordeste Noticia
Fonte: Olimpíada todo dia

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