Legenda: A Polícia Militar ainda está no local, que teve a área isolada pelo Corpo de Bombeiros Foto: Simone Fernandes/Arquivo Pessoal

Um adolescente invadiu uma escola municipal de educação infantil na cidade de Saudades, na Zona Oeste de Santa Catarina, nesta terça-feira (4), e matou ao menos três crianças, uma professora e uma auxiliar da escola.

Conforme informações da Polícia Civil do Estado, que foram divulgadas pelo portal de notícias G1, o suspeito foi apreendido após o crime.

Até o momento, sabe-se que o adolescente entrou na unidade de ensino e golpeou as vítimas com um facão. O autor desferiu golpes também contra si próprio e foi encaminhado em estado grave a um hospital em Pinhalzinho, cidade vizinha a Saudades.

A creche se chama Aquarela, atende crianças entre dois e seis anos, e está localizada na Rua Quintino Bocaiúva, que compreende os bairros Laje de Pedra e Sagrada Família, em Saudades.

As primeiras ligações de socorro teriam sido registradas por volta das 11h, segundo a Polícia Militar. A ocorrência ficou a cargo do 2º Batalhão da PM de Chapecó, que ainda realiza diligências no local.

VÍTIMAS DO CRIME

As vítimas mortas identificadas até o momento são a professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, e a agente escolar Mirla Rener, de 20 anos. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.

As crianças mortas tinham menos de dois anos de idade. Em nota, a Polícia Militar de Chapecó comentou os detalhes repassados por meio dos informes da ocorrência.

“A Cre/Copom recebeu diversas ligações informando que um masculino entrou armado de arma branca tipo (facão), na Creche Aquarela Berçário – município de Saudades/SC, diversas ligações pedindo socorro da polícia, que o indivíduo estaria golpeando alunos e professores”, aponta o comunicado.

A identidade do adolescente ainda não foi revelada. O Corpo de Bombeiros, que também está na escola municipal, isolou a área na manhã desta terça (4).

HOSPITAL RECEBE ESCOLTA POLICIAL

Hospital Beneficente de Pinhalzinho, que recebeu o suspeito do crime para atendimento médico, precisou de escolta policial após moradores cercarem a unidade de saúde e ameaçarem invadi-la.

Equipes do grupo tático da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil estão em frente a unidade de saúde. Segundo o diretor administrativo do hospital, Sílvio Mocelin, o protesto reuniu 20 pessoas no local.

Ainda na tarde desta terça-feira, ele deve ser transferido para outro hospital, na cidade de Chapecó.

Hospital com escolta
Legenda: O Hospital de Pinhalzinho precisou de escolta policial após moradores cercarem a unidade de saúde e ameaçarem invadi-la.
Foto: Gilmar Bortese

GOVERNADOR LAMENTA

Ainda na manhã desta terça, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), prestou solidariedade às famílias das crianças mortas no atentado.

Posicionamento do governador de Santa Catarina após atentado
Legenda: No texto, Carlos Moisés (PSL) definiu a notícia como devastadora e prestou solidariedade à cidade de Saudades
Foto: reprodução/Twitter

Em publicação no Twitter, ele afirmou que “todas as energias das forças de segurança da região devem ser empregadas no esclarecimento” do ocorrido na escola municipal.

CENAS NO LOCAL

Além do governador de SC, quem também prestou esclarecimentos sobre o caso foi a secretária de Educação de Saudades, Gisela Hermann. Segundo publicação do G1, a titular da pasta ressaltou o momento assustador visto pelas autoridades.

“Chegamos lá, uma cena de terror. Consegui entrar na escola. Tinha uma cara deitado no chão, mas ainda vivo, uma professora morta, uma criança morta também. A sala estava fechada, não deixaram a gente entrar”, relatou.

Durante o posicionamento, Hermann ressaltou a perplexidade entre os moradores da cidade e os que investigam o crime. “Estou em estado de choque. Estamos todos em estado de choque”, pontuou.

JOVEM É CONHECIDO NA COMUNIDADE

A repórter Simone Fernandes, que trabalha na Rádio Saudades, no município, concedeu entrevista à Rádio Gaúcha e disse que o jovem que cometeu o ataque é conhecido por todos na comunidade como uma pessoa “comum”.

Segundo a jornalista, a cidade parou após o crime. “Ficamos sem chão. Ninguém esperava um ato desses, de desumanidade na nossa cidade. A cidade parou, está todo mundo em frente à escola prestando solidariedade aos pais. São pessoas da nossa convivência”, comenta.

Fonte: G1
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