Dênis Castro Silva Júnior, de 20 anos, obteve o 1º lugar na classificação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para cursar publicidade e propaganda na Universidade Federal do Ceará (UFC). A graduação tem entrada de 25 pessoas a cada semestre. O jovem, que tem paralisia cerebral, ainda se acostuma à ideia de que agora será universitário.

“Não consigo descrever o que estou sentindo. Disseram que eu não iria viver, que eu não iria andar e nem falar. Se ninguém acredita em você, tudo bem. A única pessoa que não pode desacreditar é você mesmo”, ressalta o estudante.

Dênis concluiu a educação básica no ano passado, na Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Matias Beck, em Fortaleza, onde estudava desde o 6º ano do Fundamental.

“Não desista jamais dos seus sonhos. Independentemente de quem apontar o dedo ou falar palavras que desanimem, não ligue. Siga em frente, olhe para o seu alvo e prossiga”, enfatiza Dênis.

‘Diário do Deficiente’

O jovem comenta que o primeiro curso que pensou em fazer era terapia ocupacional. No entanto, a nota alcançada foi suficiente para conquistar a vaga no curso de publicidade e propaganda.

"Se ninguém acredita em você, tudo bem. A única pessoa que não pode desacreditar é você mesmo”, revela o universitário — Foto: Arquivo pessoal

“Se ninguém acredita em você, tudo bem. A única pessoa que não pode desacreditar é você mesmo”, revela o universitário — Foto: Arquivo pessoal

Nas redes sociais, Dênis demonstra ser comunicativo e extrovertido, o que pode ajudar no curso. O jovem criou um perfil chamado ‘Diário do Deficiente‘, em que trata sobre assuntos diversificados, interagindo com o público por meio de vídeos, fotos, enquetes e outros recursos. Atualmente, a página de Dênis conta com cerca de 1.200 seguidores.

Apoio familiar e educacional

A superação de adversidades, como preconceito e a carência de recursos financeiros, foi também possibilitada pela presença de pessoas que acreditaram no potencial de Dênis e incentivaram-no a seguir em frente. Em conversas constantes com a mãe, familiares, além de amigos e professores, a motivação e esperança puderam ser mantidas acesas ao longo da trajetória escolar.

“Sou de classe baixa, mas nunca passei fome. Tenho pouco, mas o necessário. Todos temos dificuldades e limitações, uns de forma diferente dos outros. A escola sempre me olhou não como uma pessoa limitada, mas como alguém que poderia superar os limites. Só tenho gratidão a todos que passaram na minha vida e me ajudaram nessa conquista”, comemora Dênis.

Nordeste Notícia
Fonte: SVM

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