Ceará terá cinco novos hospitais de campanha — Foto: Divulgação/Hospital das Clínicas Itajubá

O Ceará receberá cinco novos hospitais de campanha para receber pacientes com a Covid-19. As unidades serão instaladas nas UPAs (unidades de pronto atendimento) de Messejana e Praia do Futuro, em Fortaleza; em Sobral, Quixeramobim e Juazeiro do Norte. As novas unidades terão um total de 200 novos leitos.

As unidades de campanha são estruturas provisórias, montadas de forma emergencial em situações de crise na saúde.

Atualmente há um hospital de campanha em funcionamento em Sobral. Em Fortaleza, uma unidade emergencial foi montada no estádio Presidente Vargas, mas foi desativada setembro de 2020, após cinco meses, tendo custado aos cearenses o valor de mais de 90 milhões de reais.

O Ceará sofre um novo pico da pandemia da Covid-19, com aumento acelerado nas mortes pela doença. Na noite de quarta, Camilo anunciou que Fortaleza terá um novo lockdown a partir de sexta-feira (5).

Lotação nas UTIs

Os hospitais permanentes do Ceará enfrentam uma lotação quase total dos leitos de UTI, onde são atendidos pacientes com Covid-19 em estado mais grave, e o sistema de saúde está próximo do colapso.

Das 10 unidades públicas disponíveis para atendimento mais grave de pacientes com Covid-19, três estão colapsadas, enquanto outras duas estão com ocupação acima de 90%.

Das vagas de UTI disponíveis, há seis no Hospital Geral Dr. César Cals; uma no Hospital Geral de Fortaleza (HGF); uma no Hospital Waldemar de Alcântara; 24 leitos no Hospital Leonardo da Vinci, referência no tratamento da Covid-19 no Ceará; 7 vagas no Instituto Dr. José Frota; e cinco na Maternidade Escola Assis Chateaubriand.

MPCE requer à Sesa explicações sobre hospital de campanha desmontado em Fortaleza

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, atuante na Defesa da Saúde Pública, instaurou um procedimento nessa segunda-feira (18/05) para requisitar informações à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) sobre hospital de campanha desmontado em Fortaleza. Segundo a denúncia recebida pela Promotoria, foi construído um hospital de campanha vizinho ao anexo do Hospital Infantil Albert Sabin, no bairro Vila União, que teria tido sua estrutura desmontada no sábado (16/05), sem que o equipamento tenha sido usado, acarretando desnecessário investimento de recursos públicos.

Assim, em observância aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, o MPCE requer que a Sesa envie as seguintes informações: projeto e estudo de viabilidade e adequabilidade da construção do referido hospital de campanha; cópia integral do processo administrativo instaurado; documento de anuência da autoridade sanitária do Estado; motivação da Sesa para a construção; data de início e de finalização da montagem; motivos pelos quais o hospital sequer chegou a funcionar; razão pela qual foi desmontado; bem como quais equipamentos foram adquiridos para funcionamento.

A Promotoria também requisitou: cópia do contrato firmado entre o Estado e a empresa que montou e desmontou a estrutura, além de respectivo processo administrativo, com esclarecimento dos critérios usados para escolha da empresa; todos os contratos firmados até a presente data para viabilização da obra e funcionamento do equipamento; os valores desembolsados pelo Governo do Ceará com o referido hospital, incluindo a desmontagem da estrutura; além de informações sobre o uso que será dado à estrutura e aos equipamentos adquiridos para a unidade até o momento. A Sesa tem prazo de 10 dias para enviar manifestação ao MPCE.

Confira o ofício encaminhado pela Promotoria à Sesa

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