Duas operações do Ministério Público do Ceará contra organizações criminosas, deflagradas na manhã desta sexta-feira (14), cumprem 11 mandados de prisão e nove mandados busca e apreensão na Grande Fortaleza e no sistema prisional cearense. Os alvos são integrantes de duas facções, uma com atuação nacional e outra que atua na capital, no Bairro Vila Peri.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelas ações, deflagrou a operação ‘Fluxo de Caixa’, contra uma facção nacional, com auxílio de informações obtidas pelo Ministério Público de São Paulo após a prisão de um suspeito.
De acordo com o promotor de justiça Adriano Saraiva, do Gaeco, o homem confessou que era responsável pela contabilidade da organização.
Com o suspeito, foram apreendidos documentos e uma lista de depósitos feitos para integrantes da facção em todos os estados. A relação informava o número da conta bancária, o valor depositado e o nome da pessoa.
“Essas contas serviam justamente para pagar despesas dos detentos que estão no sistema prisional, para compra de arma de fogo, de drogas”, afirma o promotor. Saraiva explica que o Gaeco investiga se a organização praticava lavagem de dinheiro.
‘Prisioneiras’
As investigações da outra operação, intitulada ‘Prisioneiras’, começaram após a apreensão de celulares no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, em 2017. Os aparelhos foram encaminhados ao Gaeco, que descobriu esquemas de uma associação criminosa que atua no Bairro Vila Peri.
Segundo o promotor, uma das suspeitas, que foi alvo de mandados, era mandante de execuções de desafetos da organização.
Os mandados estão sendo cumpridos na capital, em Maracanaú e nas unidades prisionais José Sobreira de Amorim, CPPL II, IPPO II e Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa. Participam da operação agentes do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil e da Secretaria de Administração Penitenciária.
Nordeste Notícia
Fonte: G1