A média diária de pacientes utilizando ventilação mecânica nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Ceará está em queda há dois meses. Em julho, o índice por dia é de três pacientes em suporte respiratório por complicações da Covid-19 – menor que o percebido em maio, quando o estado registrou 44 pacientes atendidos dessa forma diariamente. A queda é de 93%.
As informações têm como base a atualização mais recente do IntegraSUS, plataforma da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), na manhã desta quarta-feira (22).
A queda é percebida desde o início de junho e se intensificou em julho. No mês passado, a média diária de encaminhamentos para respiração mecânica foi de aproximadamente 21 pacientes, com queda significativa a partir da segunda semana do mês, quando a quantidade de atendidos diariamente não ultrapassou os 10 casos.
Julho segue a mesma tendência. Até esta quarta, as UPAs têm uma média de três pacientes com necessidades de entubamento, com pico na última quinta (16), quando sete atendidos estavam em respiração mecânica.
A situação é mais positiva do que a percebida há dois meses. Os dez primeiros dias de maio foram de elevação nos casos de suporte respiratório, com a máxima atingida no 12° dia. À época, 92 pessoas foram transferidas para aparelhos respiratórios nestas unidades de saúde. Nas semanas seguintes, os números oscilavam entre 50 e 70 internados com o suporte.
De acordo com a Sesa, o mês de maio foi o período do segundo pico de casos de Covid-19 no Ceará. Conforme a Pasta, o aumento no número de casos suspeitos no estado se deu a partir do dia 4 de março e atingiu o pico no dia 20 do mesmo mês. Uma segundo onda foi percebida entre os dias 1º e 20 de maio. O Ceará se manteve estável até a primeira quinzena de junho, intervalo em que a curva passou a reduzir gradativamente.
Postos de saúde normalizados
Desde segunda-feira (20), a Capital, único município cearense a avançar para a fase 4 no plano de retomada econômica, está com atendimentos normalizados nos postos de saúde. Agora, é possível agendar procedimentos interrompidas pela pandemia de Covid-19.
“Desde sempre, a gente precisou remodelar os atendimentos para os pacientes com síndrome gripal. Então, os pacientes que não tinham síndrome gripal passaram a procurar menos os postos. Estamos com 100% das agendas disponíveis”, destaca a secretária municipal da Saúde, Joana Maciel.
Vacinação, pré-natal e pacientes com síndromes gripais eram os únicos atendimentos realizados nas unidades básicas. “Agora a gente clama à população que não deixe de ir ao posto de saúde, que volte para fazer seu acompanhamento de hipertensão, de diabetes, por exemplo. Estamos prontos para atendê-los”, complementa a secretária.
Nordeste Notícia
Fonte: G1