A Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, se prepara para realizar 3 mil diagnósticos por mês da Covid-19 na capital cearense. A expectativa é de que a testagem comece no início da segunda quinzena de abril e que o número de testes seja posteriormente ampliado, dobrando para 6 mil mensais. Já os resultados serão emitidos em um prazo de 24 a 48 horas.
A iniciativa tem como intuito aumentar a capacidade de diagnóstico precoce da doença pelas autoridades de saúde, contribuindo assim para o controle da transmissão do vírus no Ceará.
A Unidade de Diagnóstico Covid-19 – Unifor vai funcionar durante 24 horas por dia e em todos os dias da semana no Laboratório de Bioagentes Patogênicos do Núcleo de Biologia Experimental (Nubex), da universidade.
No local, atuarão 24 profissionais de nível médio e superior com experiência em extração de RNA e RT-PCR, dentre eles alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Universidade. Farmacêuticos e técnicos do Laboratório de Análises Clínicas do Núcleo de Assistência Médica Integrada (Nami), da Universidade de Fortaleza, também vão colaborar com as análises.
“O diagnóstico precoce da Covid-19 é um dos objetivos estratégicos do Sistema Único de Saúde na resposta à pandemia. Ele permite o isolamento de casos. A quarentena, associada às medidas de distanciamento social da população, evita a saturação do sistema de saúde e reduz os índices de mortalidade. Isso porque existe uma preocupação com o número de unidades de terapia intensiva e leitos nos hospitais do Ceará”, destaca a professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas e curso de Farmácia da universidade, Cristina Moreira, atual diretora do Nubex.
Biossegurança
Os testes para diagnóstico do novo coronavírus serão realizados pela Universidade de Fortaleza em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen-CE) e com o apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
Como forma de assegurar a proteção das equipes de trabalho, a Universidade de Fortaleza afirma que todos os requisitos de biossegurança exigidos serão observados nos procedimentos, a partir do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e manuseio adequado das amostras contaminadas e equipamentos laboratoriais calibrados.
De acordo Cristina, que também é mestre e doutora em Bioquímica, o investimento que a instituição vem fazendo em pesquisa e infraestrutura, voltadas para a geração de conhecimento científico e biotecnológico, trarão resultados positivos à sociedade nos próximos anos.
“Nesse momento peculiar que estamos vivenciando, em nível global, esse investimento gerará outros frutos para a sociedade. Estamos disponibilizando e adequando laboratórios, equipamentos, insumos, kits diagnósticos e recursos humanos especializados e empenhados para o enfrentamento da Covid-19. Essa contribuição reforça o importante papel social desempenhado pela Universidade de Fortaleza”.
Nordeste Notícia
Fonte: SVM