Sérgio Moro participou de evento, em Foz do Iguaçu, neste sábado (29) — Foto: Reprodução/RPC

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou neste sábado (29) que a paralisação dos policiais militares no Ceará é ilegal. Moro também disse que os PMs não podem ser tratados como criminosos.

“O governo federal vê com preocupação a paralisação que é ilegal da Polícia Militar do estado. Claro que o policial tem que ser valorizado, claro que o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição”, disse Moro.
A afirmação foi feita durante o 6º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) que ocorre em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, desde sexta-feira (28). Governadores de sete estados estão reunidos no evento, entre eles, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD).

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O papel das forças armadas

Moro afirmou que o governo federal se apressou para dar o suporte preciso ao Ceará. “Nós recebemos o pedido da intervenção da Força Nacional de Segurança Pública no meio da tarde de uma quinta-feira. Após reunião do nosso grupo de crise, dentro do Ministério da Justiça, nós decidimos por aquele envio”, explicou.

“O papel das forças armadas não é o papel primário, de fato, de realizar a segurança pública. Esse é uma espécie de desvio da função primária das forças armadas. Então tem que existir uma situação muito grave para que seja decretada a GLO [Garantia da Lei e da Ordem], mas houve essa percepção pelo presidente [Jair Bolsonaro] que, mesmo resistente à essa questão, decretou a GLO, e o Exército foi para lá”, disse Moro.

Na segunda-feira (24), Moro visitou o Ceará junto com o ministro da Defesa e com o da Advocacia-Geral da União (AGU). Na ocasião, ele disse que não havia uma situação de absoluta desordem nas ruas. Até aquele dia, 147 assassinatos tinham sido registrados no Ceará.

“O interesse do governo federal é que o problema seja resolvido”, também afirmou Moro neste sábado.

A paralisação
Os policiais militares estão em greve, no Ceará, desde 18 de fevereiro.

O motim começou quando homens encapuzados que se identificaram como agentes de segurança do Ceará invadiram e ocuparam quartéis, depredando veículos da polícia.

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Os policiais militares reivindicam aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana (PT).

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