Flávio Roberto é suspeito de assediar e abusar sexualmente de funcionárias da fábrica. (FOTO: Divulgação/SSPDS)

Suspeito de estupro e de assédio moral e sexual contra funcionárias, Flávio Roberto Sousa Alves, de 47 anos, segue procurado pela polícia. A equipe do programa Barra Pesada, da TV Jangadeiro/SBT, conversou com vítimas do gerente de uma fábrica de sapatos na cidade de Canindé, a 115 km de Fortaleza. A Delegacia Regional da cidade acompanha o caso.

A investigação teve início após uma discussão na Câmara Municipal. Algumas vítimas compareceram à delegacia para depor. Com o inquérito instaurado, o registro de pelo menos três casos: o de um estupro, um de assédio sexual e outro de assédio moral.

A vítima de estupro contou que o crime ocorreu na própria empresa, que fica na entrada da cidade, no início do horário de trabalho. Apesar de ter sido a única a relatar este tipo de abuso, o delegado titular Daniel Aragão acredita que existam outros casos.

Uma outra vítima contou a TV Jangadeiro como foi assediada pelo gerente. Ela ficou empregada somente dois meses na empresa após se negar a sair com Flávio.

“Ele ficava me chamando para sair com ele. Eu não quis. Ele me demitiu com menos de dois meses no emprego. Ele ficava pedindo para eu ir cedo pra gente ficar no escritório. Fazia isso com várias funcionárias. Ele falou que, se não saísse com ele, ia ser demitida. Ele me chamava de vagabunda. Fez pressão durante um mês, aí viu que não dava certo e me demitiu. Ainda ofereceu dinheiro, emprego de volta, para retirar o processo. Não aceitei”, conta.

“Sabemos que há algumas mulheres na cidade de Caridade, numa fábrica antiga. Estamos conversando para que elas decidam vir aqui até a delegacia depor. Sei também que não tem só esse caso de estupro, ocorreram outros”, revela o delegado.

Na tentativa de intimidar as vítimas após ser delatado por elas, Flávio Roberto mandava pessoas oferecerem dinheiro para que elas não falassem sobre o assunto. O homem, usando o poder de cargo de chefia no local, oferecia vantagens na empresa, como promoção, ou então logo demitia algum funcionária caso se recusasse a sair com ele.

Ainda de acordo com o delegado, os rumores dos crimes cometidos por Flávio já circulavam pela cidade há algum tempo. Ele pede para que mais vítimas compareçam à delegacia para denunciar os abusos e assédios.

“A gente quer por fim nisso. A gente quer que as vítimas compareçam à delegacia. É essencial que vocês venham, que vocês criem coragem exatamente para que ele pare com isso, para que a gente possa colocar a mão nele e não aconteça com outras mulheres”, pede o delegado.

Nordeste Notícia
Fonte: Tribuna do Ceará

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