China divulgou nesta quinta-feira as primeiras imagens do lado “escuro” dalua. Após uma missão bem sucedida, o país tornou-se o primeiro a pousar uma espaçonave no hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra.

A aterrisagem da sonda chinesa Chang’e-4 ocorreu na cratera de Von Karman, na bacia de Aitken, considerada uma das maiores crateras formadas por impacto em todo o sistema solar.

Segundo os cientistas, a região é chave para entender várias questões sobre a história da formação da Lua. Os cientistas terão a chance de examinar, de forma inédita, materiais do outro lado da lua e realizar testes de minerais e radiação.

A sonda também conduzirá um experimento de biologia, plantando sementes de batata para ver se germinarão, além de observar se ovos de bicho-da-seda eclodirão na baixa gravidade da lua.

–© Fornecido por Abril Comunicações S.A. –

O pouso pioneiro demonstra as crescentes ambições da China de rivalizar com os Estados Unidos e a Rússia como uma potência espacial.

Para 2019, está previsto o lançamento da sonda Chang’e-5, com a qual Pequim pretende recolher amostras do solo lunar. A meta final da agência espacial chinesa é criar uma base na Lua para exploração humana.

Embora a região seja chamada de lado escuro da lua, ela não é desprovida de luz, mas recebe esse adjetivo porque os humanos sabem muito pouco sobre ela.

Pouso na lua: impressão artística da sonda lunar chinesa Chang’e-4.© Fornecido por Abril Comunicações S.A. Pouso na lua: impressão artística da sonda lunar chinesa Chang’e-4.

Por que ninguém nunca pousou antes?

Além da topografia desafiadora, um dos maiores obstáculos para o pouso no lado oculto da lua é a dificuldade em manter a comunicação com a Terra, porque a própria lua bloqueia o contato por rádio.

Para contornar isso, a China lançou um satélite para atuar como retransmissor, permitindo que ele salve os sinais no caminho para os cientistas da Terra, investida que demandou muito conhecimento e tecnologias de ponta.

“Essa missão espacial mostra que a China atingiu o nível avançado de classe mundial na exploração do espaço profundo”, disse, em entrevista ao The New York Times, Zhu Menghua, professor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, que colaborou o com a agência espacial chinesa. “Nós, chineses, fizemos algo que os americanos não ousaram tentar”.

Nordeste Notícia
Fonte: Exame/Vanessa Barbosa

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