O Ceará passa por uma fase de atração de grandes investimentos empresariais que aquecem a economia e prospectam um futuro de desenvolvimento. Fatores que vão de incentivos fiscais à localização geográfica privilegiada fazem com que empresas nacionais e estrangeiras apostem no Estado. A expectativa de mais geração de emprego e renda é bem-vinda principalmente no momento em que a economia nacional ainda retoma o crescimento.
O capital estrangeiro, por exemplo, está presente na formação dos hubs (centros de conexões) tecnológico, aéreo e logístico-portuário, colocando o Ceará na vitrine dos novos negócios. O consultor empresarial e economista Sérgio Melo acredita que as iniciativas do Governo do Estado em políticas de atração de investimentos são benéficas, pois dão vazão ao potencial de desenvolvimento local.
Somente com o hub da Air France-KLM/Gol, é projetado impacto positivo no Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, com incremento de R$ 1,05 bilhão na economia e perspectiva de criação de mais de 80 mil empregos, segundo estudo do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Outros investimentos no passam de R$ 1,16 bilhão.
“O Estado hoje possui uma ambiência muito positiva para atração de investimentos e perpassa vários setores, como ser referência na educação e na capacitação desses trabalhadores e também por estar em melhor situação fiscal que os outros estados”, diz o titular da SDE, César Ribeiro.
Além das políticas estaduais de atração de investimento, os municípios também apostam na boa ambiência para atrair empresas. Na Capital, o programa Fortaleza Competitiva é destaque. No período de um ano, o programa multidisciplinar integra diversas secretarias de governo e busca explorar pontos como a inovação e sustentabilidade para alcançar a meta de colocar a Cidade como uma das mais atrativas em investimentos no Brasil.
“A importância desses investimentos na Cidade não passa só pela geração de emprego e renda. Existem outros aspectos positivos como a melhoria do espaço público, da habitação, do traço cultural e educacional, ou seja, são mais oportunidades para Fortaleza”, afirma a titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza (Seuma), Águeda Muniz.
Desburocratização, incentivos fiscais para empresas comprometidas em gerar empregos para população mais pobre é pauta do projeto, como também parcerias público-privadas em serviços públicos, que devem gerar mais de 217 mil empregos em dez anos. Negócios nos setores de comércio e serviços puxam uma lista de 11 empresas com mais de 17 mil empregos gerados em um ano de Fortaleza Competitiva.
Em Juazeiro do Norte, os esforços para divulgar a cidade para empresários do Brasil e do mundo estão surtindo efeito, afirma o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação, Michel Araújo. Ele conta que o trabalho de expor a cidade caririense como local atrativo para investimentos, além de colocar Juazeiro no rol das cidades tecnológicas, são objetivos da atual gestão.
“A cidade, nos últimos anos, vem apresentando crescimentos bem positivos. Temos observado é a abertura comércios. Na próxima semana, terá a entrega do edifício residencial mais alto do Ceará, que já foi 90% vendido. Isso é um avanço enorme para região”, destaca.
Nordeste Notícia
Fonte: O Povo/Samuel Pimentel