A Petrobras aumentou neste sábado (2) em 2,25% o preço da gasolina em suas refinarias. De ontem para hoje, o litro do combustível ficou 4 centavos mais caro, ao passar de R$ 1,9671 para R$ 2,0113, de acordo com a estatal.
Nesta manhã, a reportagem do Diário do Nordeste constatou que o litro da gasolina comum mais barato encontrado é o de R$ 4,77, o mesmo encontrado na verificação da última sexta. O valor mais alto chega ao patamar de R$ 4,899. Quanto ao diesel, hoje, os postos apresentavam a variação de R$ 3,75 e R$ 3,99.
Acúmulo salgado
Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%, ou seja, de 20 centavos por litro, já que em 1º de maio, o combustível era negociado nas refinarias a R$ 1,8072. O preço do diesel, que recuou 30 centavos desde o dia 23 de maio, no ápice da greve dos caminhoneiros, será mantido em R$ 2,0316 por 60 dias.
Desde o início de maio, já foram anunciadas 14 altas e 6 quedas no preço da gasolina. Em 1 mês, o combustível acumula alta de 11,29% nas refinarias.
Já o preço do diesel seguirá em R$ 2,1016 o litro nas refinarias até o dia 7 de junho, conforme foi acordado pelo programa de subvenção ao combustível anunciado pelo Governo Temer, que prevê redução de R$ 0,46 no preço do diesel por 60 dias.
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Política de preços
A Petrobras adotou novo formato na política de ajuste de preços em 3 de julho do ano passado. Segundo a nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado internacional, e também do dólar. Desde o início do formato, o preço da gasolina comercializado nas refinarias acumula alta de cerca de 50%.
Queda do presidente; Monteiro assume
As críticas à política de preços da Petrobras foi um dos fatores que provocaram a greve dos caminhoneiros e culminaram no pedido de demissão de Pedro Parente. Na última sexta-feira (1), o presidente Michel Temer anunciou Ivan Monteiro como novo presidente da estatal.
Aproveito para reafirmar que meu governo mantém compromisso da recuperação e saúde financeira da Petrobras. Portanto, continuaremos com a política econômica que, nesses dois anos, retirou a empresa do prejuízo. Declaro também que não haverá interferência na política de preços da companhia. E Ivan Monteiro é a garantia de que esse rumo permanece inalterado”, declarou Temer.