Procura por vacina contra H1N1 gera longas filas nas clínicas de Fortaleza

A procura pela vacina contra a doença aumentou nas clínicas de vacinação, formando filas de famílias que tentavam se proteger. Em algumas clínicas o estoque de imunizações acabou ainda na manhã desta terça (17). Os pacientes pagam em média R$ 140 pela vacina em clínicas particulares.

A Secretaria da Saúde do Ceará confirmou nesta terça sete casos de influenza A H1N1; em três casos, os pacientes morreram com a doença.

A otorrinolaringologista Sílvia Bona, que atende pacientes com gripe e resfriado diariamente, aponta que começou a receber pacientes com quadro sugestivo de H1N1 há, pelo menos, 15 dias. Como a vacina pode levar até 15 dias para fazer efeito, a médica recomenda que aqueles com condições de procurar clínicas particulares, faça a busca pela imunização.

Além disso, a campanha nacional de vacinação começa no dia 23 de abril e é restringida aos grupos de risco, ou seja, aquelas pessoas que mais têm chances de desenvolverem complicações por conta da gripe, como crianças de até cinco anos, idosos, grávidas e puérperas e imunodeficientes.

A especialista também alerta para alguns dos sintomas que podem indicar a infecção por H1N1. “Tosse seca, falta de ar e dor de garganta. Essa falta de ar não é relacionada com o nariz entupido. É uma falta de ar em que o paciente, apesar do ar conseguir passar pelo nariz e garganta, ele não consegue respirar direito”, explica.

Sintomas do vírus H1N1

  • Febre alta (acima de 39º);
  • Dores intensas nos músculos, nas articulações e na cabeça;
  • Fraqueza, a ponto de não conseguir levantar da cama;
  • Problemas no sistema respiratório.

O infectologista pediátrico Robério Leite reforça a necessidade de iniciar a campanha de imunização mais cedo.

“No Ceará, assim como no resto do Nordeste, a estação da gripe inicia antes do resto do Brasil. Isso representa um problema, porque já estamos com a atividade da doença aumentando no estado e o ideal é que a campanha vacinal seja feita com pelo menos um mês de antecedência, para que a população tenha mais imunidade”.

 Alimentação

Além da vacinação, alguns hábitos simples podem ajudar a evitar a doença, como lavar as mãos com frequência ou utilizar álcool em gel. Os médicos também recomendam evitar ambientes fechados e muito cheios, assim como incluir nas refeições alimentos que reforcem o sistema imunológico.

Como esclarece o nutrólogo Fernando Guanabara, é importante manter uma dieta rica em antioxidantes. “Essas vitaminas combatem o excesso de radicais livres no corpo, que quando estão em excesso prejudicam o nosso sistema imunológico. A laranja, o limão e o kiwi, por exemplo, têm vitaminas C e PQQ, que são antioxidantes”, comenta.

Nordeste Notícia
Fonte: G1

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