Professor discute com aluno em sala de aula em escola estadual de Fortaleza. (FOTO: Reprodução/WhatsApp)

Uma discussão na Escola Estadual de Ensino Médio Otávio de Farias, no bairro José Walter, em Fortaleza, viralizou nas últimas horas. Um professor de História contrário ao pré-candidato a Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) discute com um aluno que tem posição oposta. Vídeos da debate acalorado, que termina em expulsão do estudante de sala, circulam nas redes sociais.

O caso teria ocorrido nesta quarta-feira (11). O Tribuna do Ceará apurou que o professor se chama Euclides de Agrela, formado pela Universidade de São Paulo (USP). Sua conta pessoal no Facebook foi desativada. Nela, ele se identificava como militante do Psol.

Tribuna do Ceará não conseguiu contato com o professor, e nem com a família do aluno. Telefonamos para a escola na manhã e na tarde desta sexta-feira, mas as chamadas não foram atendidas.

Entenda o caso

Dois vídeos circulam em redes sociais. No primeiro, é possível ver a frase “Bolsonaro vai matar 30 mil” escrita na lousa. Não se sabe de quem foi a autoria. Na discussão, o professor defende posições de esquerda, enquanto o aluno se mostra de direita. É possível ouvir o seguinte diálogo:

– “De que livro você tirou isso aí?”, questiona o professor.
– “Não importa”, respondeu o aluno.
– “Importa. Eu estou falando a verdade. Quem tá mentindo pra você é o policial imbecil ou o pastorzinho vagabundo da sua igreja”, reagiu o professor.

Num segundo vídeo, aparece o professor expulsando o aluno da sala de aula. O jovem tentou argumentar, mas foi obrigado a deixar o local. “Saia da sala”, ordenou o professor.

 

 

O que diz o Estado

Em nota, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) informa que está apurando o ocorrido para tomar as devidas providências.

Sindicato defende professor

Já o Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Apeoc) emitiu uma nota em solidariedade ao professor. No texto, o movimento afirma que o vídeo foi editado, sendo divulgado fora de contexto. Além disso, denunciou a restrição de liberdade e da autonomia pedagógica.

“Não podemos aceitar ser patrulhados por nossas opiniões e visões políticas! Não podemos ser julgados e condenados a partir de vídeos editados e fora de contexto! Não é assim que se faz educação, não é assim que se constrói conhecimento”, informou o movimento.

Veja os vídeos:

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