Após Polícia Federal reconhecer não ser mais possível prender o ex-presidente Lula (PT) nesta sexta-feira, 6, agentes tentam ainda chegar a um acordo com advogados de defesa do petista para fechar acordo de rendição. Entre as hipóteses, está a de prisão apenas nesta segunda-feira, 9, ou mesmo neste sábado, 7, pela manhã.
a de participar de celebração de missa em memória de sua esposa, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que completaria 68 anos neste sábado. A missa está marcada para ser celebrada às 9h30min do sábado, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde está o ex-presidente. Outra exigência seria a de cumprir pena em São Paulo, e não em Curitiba.
Esta hipótese substituiria a inicial, que seria a de ter Lula entregue à PF apenas na segunda-feira.
O problema é que, conforme noticia o jornal O Globo, o petista aceita ser preso, mas não concorda com a ideia de se apresentar à Polícia, rendido e anuente. Ao mesmo tempo, a PF quer evitar buscá-lo no Sindicato, considerando que há risco em ação para executar a prisão, pela presença de milhares de manifestantes pró-Lula.
Além dos advogados, a negociação é intermediada pelo ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que teria feito os primeiros contatos com a PF para iniciar as tratativas. Pela PF, quem negocia é o delegado Igor Romário de Paulo, chefe da Lava Jato em Curitiba.
Cardozo está no Sindicato e ainda acompanha as tentativas de acordo, mas há equipes de defesa de Lula também em Curitiba e na sede da PF em São Paulo.
O ex-presidente tinha até as 17h desta sexta-feira, 6, para se entregar após a expedição do mandado de prisão pelo juiz federal Sergio Moro no processo do triplex, que rendeu ao petista uma condenação de 12 anos e um mês de reclusão.
A PF não realiza prisão após as 18h, mas policiais ouvidos disseram ao Estado que caso o ex-presidente resolva se entregar é possível recebê-lo em São Paulo para depois fazer sua remoção para Curitiba.
Fonte: Agencia Estado/Daniel Duarte