A Petrobras reajustou ontem em 8,9%, em média, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, engarrafado pelas distribuidoras em botijões de até 13 quilos (kg). O reajuste do gás de cozinha entra em vigor hoje. Se for integralmente repassado ao consumidor, a Petrobras estima que o preço do produto deve subir, em média, 4%, ou cerca de R$ 2,53. Isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
O aumento está ligado, principalmente, à alta das cotações do produto nos mercados internacionais, que acompanha a alta do Brent, (petróleo cru), que indica a origem do óleo e o mercado onde ele é negociado, segundo a Petrobras.
O percentual anunciado de reajuste leva em contra preços praticados sem incidência de tributos.
Em nota, o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirma que o reajuste anunciado pela Petrobras ainda deixa o preço dos botijões de cozinha de 13kg cerca de 1,3% abaixo do preço de paridade internacional.
Acumulado
No acumulado deste ano, o botijão de gás ficou 84,31% mais caro nas refinarias da Petrobras. Para o consumidor, no entanto, a alta não foi sentida da mesma forma. Indicador de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) captou alta de 12,2% até novembro, segundo o pesquisador André Braz.
Esse porcentual para o consumidor não inclui o reajuste válido a partir de hoje, que só aparecerá nas pesquisas de dezembro, divulgadas em janeiro. “A concorrência não deixa o reajuste chegar com essa potência para a população”, destaca o pesquisador. (Das agências)