Aborto: Grupo pede a descriminalização do aborto no País durante protesto na Praça da Sé, na região central de São Paulo
© Daniel Teixeira/Estadão Grupo pede a descriminalização do aborto no País durante protesto na Praça da Sé, na região central de São Paulo

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira, 28, pedido de liminar apresentado pela estudante Rebeca Mendes da Silva Leite, de 30 anos, para interromper a gravidez. Com dois filhos e trabalhando com um contrato temporário até fevereiro, Rebeca alegou problemas financeiros para solicitar o direito ao aborto. Grávida de seis semanas, ela diz não ter condições econômicas e emocionais de levar a gestação adiante.

O pedido era uma reiteração de liminar de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Proposta em março pelo PSOL e pelo Anis para a permissão do aborto em casos de gestação até a 12ª semana, a ação está sob a relatoria da ministra.

A íntegra da decisão com os argumentos de Rosa Weber para negar a liminar ainda não estava disponível até o fechamento da reportagem, que também não conseguiu localizar a defesa da estudante.

Em entrevista ao Estado no último dia 22, Rebeca disse que não teria dificuldade em recorrer a um procedimento clandestino, porém, nunca havia cogitado essa possibilidade.

“Não quero ser mais uma mulher que morre em casa depois de hemorragia ou em uma clínica clandestina e depois é jogada na rua. Ou, ainda, ser presa”, afirmou. “Quero viver com meus filhos, com saúde e segurança”, completou a estudante.

Cursando o 5º semestre de Direito em uma faculdade privada, com uma bolsa do Programa Universidade Para Todos (ProUni), Rebeca afirma que uma gravidez agora colocaria em risco não apenas seus planos, mas o sustento de toda família.

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