Luís Carlos de Oliveira, 14 anos, Rafael Bezerra Oliveira, 17, Francisco Josué Araújo da Silva, 18, e Adriano dos Santos Moreira, 20, foram mortos em uma casa abandonada na comunidade do Marrocos, no Grande Bom Jardim. A chacina aconteceu na tarde de ontem, na rua Aguapé Verde.
Segundo o capitão da Polícia Militar Messias Mendes, o crime seria resultado de disputa interna de uma facção criminosa após um homicídio que aconteceu na última quarta-feira, 4. Os quatro homens e uma pessoa conhecida da vítima do homicídio teriam marcado uma reunião na casa para fazer espécie de “acordo de paz”, conforme Messias.
Os quatro já estavam na casa quando o conhecido da vítima e outras cinco pessoas chegaram à residência e realizaram a execução. Dois dos mortos na chacina, conforme o capitão da PM, são os responsáveis pelo homicídio.
Conforme o oficial da Polícia Militar, um suspeito da chacina foi identificado. Ontem, policiais da Força Tática estavam à procura da pessoa na comunidade. Ninguém foi preso.
Violência
Constam no boletim de ocorrências diárias da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) dois crimes de morte na última quarta-feira, nas proximidades do caso de ontem: um no Siqueira, com uma vítima do sexo masculino, e um caso de três homens mortos na Granja Lisboa. O trio foi encontrado amordaçado, amarrado e com marcas de tiros em um campo de futebol. Não há informações sobre qual das ocorrências teria motivado a vingança.
Na entrada da comunidade do Marrocos, em muros e paredes, estão pintados nomes de facções e avisos para baixar o vidro dos veículos ao entrar ou tirar o capacete. Outras chacinas
O mais recente caso de chacina do Estado foi registrado em Horizonte, na Grande Fortaleza, em junho. Um grupo abriu fogo contra pessoas que comemoravam um aniversário. Cinco pessoas foram mortas: duas mulheres, dois homens e um menino de três anos.
Em Aquiraz, também em junho, seis pessoas foram executadas em uma casa de veraneio, na praia do Porto das Dunas.
No Dias Macêdo, em maio, três pessoas morreram e três ficaram feridas durante um ataque.
Em março, no Padre Andrade, três pessoas foram mortas e três saíram feridas quando um grupo em motos abriu fogo em uma praça.
Saiba mais
O caso é, pelo menos, a 5º chacina do ano, sendo três em Fortaleza e duas na Região Metropolitana.
Em 2016, O POVO noticiou que, de nove assassinatos coletivos no ano, um teve inquérito concluído. Vinte e oito pessoas foram mortas em oito casos de triplo homicídio e uma chacina, no Ceará, no ano passado.
Crimes são considerados chacinas quando há mais de três vítimas sem chances de defesa.
Nordeste Notícia
Fonte: O Povo/JÉSSIKA SISNANDO