1. He-Man foi criado para vender bonequinhos encalhados do Conan
No anos 80, a Mattel adquiriu os direitos de produzir bonecos do filme Conan, O Bárbaro. Mas o produto encalhou: os pais acharam a história muito violenta. Para não ficar no preju, a empresa inventou a linha de bonecos Mestres do Universo, trocando a cabeça de Conan pela de He-Man e outros personagens. (É por isso que todos eram tão bombados: Conan foi interpretado por Arnold Schwarzenegger!). A empresa então desenvolveu o universo do herói, criou uniformes, armas e mais personagens. Depois, para turbinar a vendas, encomendou à Filmation Studios uma animação, que teve 130 episódios, exibidos entre 1983 e 1985.
2. Lula Molusco é, na verdade, um polvo
O próprio criador de Bob Esponja, Stephen Hillenburg, confirmou a real natureza do personagem. Os outros tentáculos só não foram desenhados para não sobrecarregar seu visual. Mas um deles está lá e você não notou: nos polvos, o tentáculo central (hectótilo) age como aparelho reprodutor. Aquele nariz talvez não seja um nariz…
3. Barbie foi inspirada numa boneca inflável
A primeira edição da Barbie, lançada em 1959, foi baseada em uma boneca erótica alemã, a Bild Lilli Doll. A semelhança era tanta que a fabricante Mattel precisou pagar indenizações.
4. No livro original, Pinóquio mata o Grilo Falante
Na obra de Carlo Collodi, Pinóquio é um péssimo filho. Ele foge assim que aprende a andar e deixa Gepeto ser preso pela polícia, por abuso infantil. O Grilo Falante tenta avisar que a desobediência é perigosa, mas o menino mata o inseto a pauladas! A previsão do Grilo se concretiza e o boneco chega a ser enforcado por uma raposa e um gato, a caminho do teatro de marionetes, mas consegue sobreviver.
5. A Nintendo ajudou a criar o PlayStation
No fim dos anos 80, a Nintendo queria criar um Super Nintendo que rodasse CDs. Então fez um acordo com a Sony, especialista em tocadores de CD. Mas a parceira se deu conta de que podia ganhar muita grana nessa área e começou a projetar seu próprio console por baixo dos panos, usando o que aprendia com a empresa do Super Mario. O SuperFamicon-CD não saiu do papel, o PlayStation sim e a hegemonia da Nintendo ruiu.
6. “Ragatanga”, do Rouge, é a adaptação de um rap dos anos 70
Se você foi criança no início dos anos 2000, provavelmente dançou e cantou os versos “aserehe, ha, de re”, sem entender sequer uma palavra (não, isso não é espanhol!). Mas sua cabeça vai fundir mesmo quando descobrir que ela é uma adaptação (bem maluca) de “Rapper¿s Delight”, sucesso do grupo Sugarhill Gang em 1979! “Aserejé, já”, por exemplo, era na verdade “I said hip hop” (“Eu disse hip-hop”). Assista ao vídeo desse clássico do rap e tire suas próprias conclusões:
7. Foi a saída de Seu Madruga quem acabou com Chaves
As brigas entre Carlos Villagran (Kiko) e Roberto Bolaños (Chaves) já são famosas. Mas a série acabou não quando Villagran foi expulso, e sim quando Ramon Valdés (Seu Madruga) decidiu largar o show, em solidariedade ao amigo. Chaves resistiu por mais nove meses, mas Seu Madruga era essencial: pai da Chiquinha, rival da Florinda, paixão da Bruxa do 71, vítima do Senhor Barriga e figura paterna do Chaves.
8. Os anões de O Mágico de Oz faziam festas barra-pesada
Sid Luft, ex-marido de Judy Garland (que interpretava Dorothy no filme), revelou em sua autobiografia que os intérpretes dos Munchkins realizavam grandes festas regadas a álcool, sexo e drogas no Culver Hotel, onde todo o elenco estava hospedado durante as filmagens. Baixava até polícia!
9. Alf, O ETeimoso, terminou com ele preso pelo governo dos EUA
Nesta popular sitcom dos anos 80, um alienígena tagarela ia morar com os Tanner, uma típica família norte-americana. O tom era leve, mas o final fugiu à regra: agentes do governo finalmente prendiam o extraterrestre, separando-o da família. Segundo os produtores, o plano era resolver esse gancho na temporada seguinte, mas a série foi cancelada e terminou assim.
10. Cubone, de POKÉMON, usa o crânio da própria mãe
Até que, para um jogo infantojuvenil, Pokémon tem algumas histórias bem macabras. A mais assustadora é a de Cubone, a criatura número 104 no Pokédex: o crânio que ele usa como proteção é de sua própria mãe! Que mórbido! Para piorar, ele sempre chora à noite, e esse “capacete” age como uma câmara de reverberação, fazendo o triste barulho ecoar longe.
11. A Ranger Amarela era um homem
A jovem Trini era interpretada pela atriz Thuy Trang. Mas, nos momentos em que ela já estava “morfada”, dá para notar um certo “volume” entre as pernas da “garota”… Isso porque as cenas de luta eram reaproveitadas de um seriado japonês, em que o Ranger Amarelo era um homem! É por isso que a Rosa tem saia, e a Amarela não.
12. O Ranger Azul sofria bullying por ser gay
David Yost, o ator que interpretava Billy, declarou que abandonou a franquia por sofrer com a homofobia constante dos criadores, roteiristas e produtores do seriado. Um dia, em 1996, ele simplesmente foi embora e nunca mais voltou. O efeito foi perverso: ele tentou diversos métodos para “se curar”, até ter um colapso e ser internado.
13. Os atores ganhavam tanto quanto um funcionário do McDonald’s
Segundo Austin St. John (o Ranger Vermelho), o cachê do sexteto principal na primeira temporada equivalia ao de um atendente do McDonald’s. Eles trabalhavam 15 horas por dia, seis dias por semana, sem contrato nem filiação a sindicato. Não por acaso, a relação do grupo com o criador do show, Haim Saban, não é das melhores.
14. Birdo, de Super Mario, é transgênera
O manual japonês de Super Mario Bros. 2, em que a personagem surgiu, a descrevia como “um garoto que acha que é uma garota e preferiria ser chamado de Birdetta”. Isso em 1988! Claro que deu polêmica e a Nintendo mudou o gênero da personagem várias vezes ao longo dos jogos seguintes. Mas, para vários estudiosos, Birdo é a primeira transgênera dos games.
15. Assoprar fitas de videogame podia estragá-las
Nos anos 80 e 90, quando um cartucho de videogame “dava pau”, o truque era soprar a parte externa do circuito. Uma pesquisa de 2012, porém, mostrou que isso não ajudava em nada – e podia até piorar o defeito! Durante um mês, o jornalista especializado em tecnologia Chris Higgins deu dez assoprões diários em uma fita, enquanto outra, do mesmo jogo, permaneceu intacta. Ao fim do período, a soprada apresentava defeitos, possivelmente porque a umidade do sopro corroeu as placas de circuito.
16. As crianças de Carrossel roubavam e fumavam nos bastidores
Em uma entrevista de 2016, Gabriela Rivero, que interpretava a Professora Helena, contou que, por trás das câmeras, a novela mexicana de 1989 não era tão pura assim. Com apenas 8 anos, o ator Pedro Javier Viveros (sim, o ingênuo Cirilo!) roubava cigarros de sua bolsa e levava para os coleguinhas fumarem nos camarins.
17. Daniel Radcliffe filmou Harry Potter bêbado
A fama avassaladora e o medo de fracassar levaram o ator ao alcoolismo. Ele confessou ter gravado várias cenas de O Enigma do Príncipe embriagado: “Eu ficava no meu apartamento por dias bebendo sozinho”. Hoje, Daniel já está livre do vício.
18. “Macarena” era uma música sobre traição
O hit de 1995 da dupla espanhola Los Del Río não é uma simples música inocente. Ela conta a história de uma moça que traiu seu namorado com dois amigos, enquanto ele estava servindo no Exército.
19. Os bastidores de Glee eram repletos de pegação, brigas, drogas e joguinhos sexuais
O seriado musical da Fox tinha uma visão bem romântica do mundo, celebrando a amizade e as diferenças. A biografia da atriz Naya Rivera (que interpretava a Santana), porém, revela que, nos bastidores, a história era outra. A pegação corria solta: o apartamento dividido pelos atores Kevin McHale (Artie) e Jenna Ushkowitz (Tina) era o ponto de encontro das transas casuais e das festas – inclusive aquelas em que novatos no elenco passavam por um trote ao estilo “Verdade ou Desafio”, que incluía desde atos sexuais até o uso de drogas. Naya se envolveu com Mark Salling (Puck), mas teve que manter o namoro escondido a pedido dos produtores. Quando descobriu que ele a estava traindo, destruiu o carro dele e o encheu de ovo, Coca-Cola e ração de cachorro. Lea Michele (Rachel) era abertamente odiada por todo o resto do elenco. Ela e Naya não trocaram uma única palavra durante o sexto ano.
20. Comandos em Ação e Rambo usavam armas “laser” para driblar a censura
Nestes desenhos dos anos 80, tanques, bombas e jatos se assemelhavam à tecnologia da época… mas as armas atiravam laser, como se fosse Star Wars! (E o raio nem machucava quando atingia alguém.) Isso porque, se disparassem balas “reais”, o sistema de classificação etária nos EUA os proibiria para crianças, por considerá-los muito violentos.
21. “Häagen-Dazs” não significa nada
O empresário Reuben Mattus inventou esse nome, com jeitão meio alemão, meio escandinavo, para dar um ar europeu a seu produto. Assim, ele ficava mais “sofisticado” e justificava o preço mais alto. A empresa nem europeia é: surgiu no Bronx, em Nova York.
22. A Família Dinossauro morre no último episódio
Na conclusão da série, exibida em 1994 nos EUA, os protagonistas foram “extintos” – mas não por causa de um meteoro. O patriarca Dino tenta solucionar um desastre ambiental, mas não consegue. Na cena final, resta à família assistir à chegada de uma Era Glacial pelo telejornal. O âncora se despede com um adeus, a câmera vai se afastando e mostra a casa dos Silva Sauro sendo encoberta pela neve…
23. Bozo apresentava seu programa drogado
O ator Arlindo Barreto, que interpretou o palhaço no SBT entre 1984 e 1986, revelou em uma entrevista que usava cocaína para aguentar as oito horas de filmagens diárias. Ele chegou a gravar com algodões no nariz para evitar sangramento (consequência do consumo do pó). “Eu adorava ser o Bozo. Só que não conseguia ter toda aquela alegria sem usar drogas”, contou.
24. A frase “omelette du fromage”, de Dexter, estava errada
Em um episódio de Laboratório de Dexter, uma máquina criada pelo cientista geninho para lhe ensinar francês dá pau e ele só aprende a frase “omelette du fromage” (“omelete de queijo”). Para sua sorte, as coisas sempre dão certo quando ele se arrisca a dizer a expressão. Mas tem um porém: a expressão correta é “omelette au fromage”.
25. Os saiyajins de Dragon Ball só são loiros por preguiça do desenhista
No anime, os saiyajins tinham cabelo amarelo. Isso porque no mangá original, em preto e branco, o cabelo deles era branco. Akira Toriyama, criador da franquia, explicou que decidiu isso para diminuir o trabalho do assistente, pois ele perdia muito tempo pintando o cabelo de Goku de preto em todos os quadros.
26. Metade das Princesas Disney não são princesas
As regras da maioria das monarquias reservam o título só para filhas do rei e da rainha. Quem se casa com príncipe recebe outro título – como Kate Middleton, que se tornou duquesa de Cambridge após se casar com o príncipe William, em 2011. Sendo assim, na Disney…
São princesas:
– Branca de Neve, de Branca de Neve e os Sete Anões
– Aurora, de A Bela Adormecida
– Ariel, de A Pequena Sereia
– Rapunzel, de Enrolados
– Anna e Elsa, de Frozen
– Jasmine, de Aladdin
Não são princesas:
– Cinderela, de Cinderela
– Tiana, de A Princesa e o Sapo
– Bela, de A Bela e a Fera
– Mulan, de Mulan
– Pocahontas, de Pocahontas
– Alice, de Alice no País das Maravilhas
27. Em Donkey Kong, Mario era o vilão
De acordo com o manual do clássico arcade Donkey Kong, de 1981, o gorila era o animal de estimação de Jumpman (aquele personagem que você controlava, e que futuramente originaria o Mario). Só que Jumpman abusava fisicamente do coitado! É por isso que o bicho fugiu e sequestrou a namorada do “herói”. Dá para culpá-lo?
28. Chiquititas e Zac Efron dublavam suas músicas
High School Musical lançou o galã Zac Efron, mas ele nunca cantou uma única nota no primeiro filme dessa franquia musical da Disney. Na verdade, ele era dublado pelo cantor Andrew Selley – que, inclusive, o substituiu nos shows ao vivo de HSM pelo mundo. Idem para as Chiquititas: na novela do SBT de 1997, Fernanda Souza e suas amiguinhas eram dubladas por cantoras profissionais.
29. Huguinho, Zezinho e Luisinho quase mataram o próprio pai
Em sua primeira aparição nas HQs, em 1937, o trio foi entregue a Donald com uma carta da mãe deles. Ela conta que os pestinhas esconderam fogos de artifício onde o pai estava sentado e a explosão o deixou gravemente ferido. As crianças ficariam com o tio temporariamente, só enquanto o pai estivesse no hospital, mas a mãe nunca mais foi buscá-las…
30. A série de “documentários” Faces da Morte era forjada
Nos anos 80 e 90, não havia filme de terror que assustasse tanto quanto as fitas de VHS Faces da Morte. Essas compilações de vídeos amadores “proibidos” mostravam, sem censura, mortes escabrosas – gente comida por cães, explodida por bombas ou esmagada por tanques. Mas, no lançamento do DVD de 30 anos da série, os produtores confirmaram que era tudo armação. Os participantes eram atores. “Cérebros” eram feitos de couve-flor; e vísceras, de geleia.
31. Xuxa teve uma propaganda proibida com “frases de pornô”
Para promover o lançamento das sandálias “Love Xu” nos EUA, a apresentadora infantil participou de um comercial em que crianças demonstravam seu “amor” pelo produto de um jeito bem estranho: com declarações “acaloradas” que pareciam frases de filme pornô. Meninas na faixa dos 6 anos gemiam com frases como “Yes, yes, yes!” e “Come on, baby, come on!” Os EUA proibiram o anúncio, mas ele está no YouTube. Assista de olhos fechados:
32. No conto original, o Flautista de Hamelin mata crianças afogadas
Infestada por ratos, a cidade alemã de Hamelin contrata um homem que se diz um “caçador de pragas”. Com sua flauta mágica, ele encanta os roedores e afoga-os no rio. Mas a cidade decide não pagá-lo, alegando que ele não entregou o corpo dos bichos como prova. Para se vingar, o flautista usa seu instrumento para hipnotizar todas as crianças, matando-as do mesmo jeito que os ratos. Este conto tem origens históricas: várias crianças realmente sumiram em Hamelin, por volta de 1300. Mas, provavelmente, foi só uma migração em massa.
33. No início, Betty Boop era um poodle
Quando foi criada em 1930, a personagem não era humana. Ela era uma espécie de cão humanoide da raça poodle! Os brincos de argola que ela usa hoje foram criados para substituir suas orelhas pendentes de cachorro.
34. A Fantástica Fábrica de Chocolate foi filmado para vender chocolates
Quando o diretor Mel Stuart sugeriu adaptar o livro Charlie e a Fábrica de Chocolate, o produtor David Wolpert sacou que ali havia uma mina de ouro. Ele sabia que a fabricante de alimentos Quaker (aquela da aveia) estava em busca de divulgação para a nova barra de chocolate que estava criando. Não deu outra: a empresa aceitou financiar o longa, desde que o título (em inglês) mudasse para Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate, já que Wonka seria a marca do produto lançado. O filme saiu em 1971, mas o doce só chegou ao público em 1975. E logo deixou de ser fabricado por um simples motivo: ninguém gostou do sabor.
FONTES Livro 52 Mitos Pop, de Pablo Miyazawa, Sorry Not Sorry: Dreams, Mistakes, and Growing Up, de Naya Rivera, Judy and I: My Life with Judy Garland, de Sid Luft e Randy L. Schmidt, O Lado Sombrio dos Contos de Fadas, de Karin Hueck; sites Legião dos Heróis, Sponge Bob Wikia, IMDb, Books Many Books, Folha de S.Paulo, Aliança Francesa, Refinery 29, Bulbapedia, Cracked, Geekness e Closed Caption