DF - LAVA JATO/CUNHA/DEPOIMENTO/ANEURISMA/ARQUIVO - POLÍTICA - Foto de arquivo de 19/03/14 do ex-  presidente da Câmara e ex-deputado   Eduardo Cunha (PMDB). Após depor por   três horas perante o juiz Sérgio Moro,   na Justiça Federal em Curitiba, Cunha   leu uma carta de próprio punho na qual   afirma que tem um aneurisma e que não   tem condições de se tratar na prisão   onde está detido atualmente. A   audiência desta tarde foi o primeiro   interrogatório do peemedebista diante   de Moro e começou por volta das 15h.   Responsável por aceitar o processo de   impeachment da ex-presidente Dilma   Rousseff (PT) ele levou um calhamaço de   folhas para a audiência em Curitiba.   19/03/2014 - Foto: ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
DF – LAVA JATO/CUNHA/DEPOIMENTO/ANEURISMA/ARQUIVO – POLÍTICA – Foto de arquivo de 19/03/14 do ex- presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Após depor por três horas perante o juiz Sérgio Moro, na Justiça Federal em Curitiba, Cunha leu uma carta de próprio punho na qual afirma que tem um aneurisma e que não tem condições de se tratar na prisão onde está detido atualmente. A audiência desta tarde foi o primeiro interrogatório do peemedebista diante de Moro e começou por volta das 15h. Responsável por aceitar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ele levou um calhamaço de folhas para a audiência em Curitiba. 19/03/2014 – Foto: ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) afirmou que o presidente Michel Temer participou, em 2007, de uma reunião com a bancada do PMDB para discutir as indicações do partido para diretorias da Petrobras. O deputado cassado contrariou a versão apresentada por Temer em sua manifestação como testemunha de defesa arrolada pelo próprio Cunha.

O ex-presidente da Câmara – preso preventivamente desde outubro do ano passado – foi interrogado ontem pela primeira vez como réu da Operação Lava Jato na primeira instância.

Na ação penal que responde na Justiça Federal em Curitiba, Cunha é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas por receber propina oriunda de um negócio fechado pela Petrobras em Benin, na África, e manter o dinheiro em contas secretas na Suíça.

“Fui comunicado (sobre a reunião), tanto eu como Fernando Diniz (ex-presidente do PMDB de Minas, morto em 2009), na época, pelo próprio Michel Temer e pelo Henrique Alves (ex-deputado e ex-ministro).

O Michel Temer esteve nessa reunião junto com (o ex-ministro) Walfrido dos Mares Guia”, disse Cunha em resposta a um questionamento de sua própria
defesa.

Segundo ele, a reunião foi convocada por causa do “desconforto que existia com as nomeações do PT de Graça Foster para a Diretoria de Gás e José Eduardo Dutra para a presidência da BR Distribuidora terem sido feitas sem as nomeações do PMDB terem sido feitas”.

De acordo com o deputado cassado, “houve uma revolta da bancada do PMDB na votação da CPMF” na época. Temer era o presidente nacional do PMDB na ocasião.

No depoimento por escrito a Moro, Temer declarou que “não houve essa reunião”, citada em denúncia da força-tarefa da Lava Jato contra Cunha.

Cunha disse a Moro que “resposta do presidente Michel Temer nas perguntas está equivocada”. “Ele (Temer) participou sim da reunião e foi ele que comunicou a todo nós o que tinha acontecido na reunião, porque não era só o cargo da Petrobras, eram outras várias discussões que aconteciam no PMDB.”

Aneurisma

Em quase três horas de interrogatório, o deputado cassado rebateu todas as perguntas do magistrado e do Ministério Público. Ao final, fez um apelo por liberdade. Ele disse a Moro possuir um aneurisma cerebral como o da ex-primeira dama Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que morreu na semana passada.(Agência Estado)

Saiba mais

Moreira Franco

O Psol protocolou ontem um mandado de segurança para barrar no Supremo Tribunal Federal (STF) a nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Citado na delação da Odebrecht, Moreira ganhou foro privilegiado com a nomeação do presidente Michel Temer, o que faria um eventual processo contra o ministro ser julgado pelo STF. Para o Psol, a nomeação representa “grave afronta ao princípio da moralidade administrativa”. O relator do mandado de segurança será o ministro Celso de Mello, que já é responsável por analisar ação semelhante apresentada pela Rede.

Nordeste Notícia
Fonte: O Povo

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