O agente penitenciário Renilson Garcia Araújo foi condenado por homicídio privilegiado qualificado a nove anos de prisão e a perda do cargo. Renilson confessou ter matado o modelo Johnny Moura Melo, em 27 de dezembro de 2015. O réu poderá aguardar o recurso em liberdade. O julgamento aconteceu ontem, no 4º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, e foi presidido pelo juiz titular Antônio Carlos Pinheiro Klein Filho.
Os jurados acataram a tese da defesa do réu, promovida pelo advogado Delano Cruz, de homicídio privilegiado (motivado por violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima). No entanto, o Conselho de Sentença manteve uma das qualificadoras propostas pelo promotor de Justiça Ythalo Frota Loureiro, do Ministério Público do Ceará (MPCE), e pelos advogados assistentes de acusação Paulo Quezado e João Marcelo Pedrosa de que o crime foi praticado de surpresa, recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O julgamento durou 14 horas. Dez testemunhas foram intimadas para depor. Destas, quatro foram arroladas somente pela acusação, cinco pela defesa e uma pelas duas partes.
O assassinato do modelo Johnny Moura ocorreu em 27 de dezembro de 2015, por volta das 5h30, após festa realizada em um buffet localizado na Avenida Engenheiro Luís Vieira, no bairro Dunas, em Fortaleza.
De acordo com os autos do processo, a vítima começou uma discussão com o agente penitenciário Renilson Araújo por acreditar que este tinha olhado para a sua namorada, na festa que acontecia naquela noite. Os dois foram contidos pelos seguranças do buffet.
Do lado de fora do estabelecimento, Renilson sacou a arma e disparou contra Johnny, que estava dentro de um veículo, acertando a cabeça do modelo e o matando na hora.
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Fonte: Diário do Nordeste