Árbitro Sandro Meira Ricci assiste a lance polêmico em uso do VAR no Mundial de Clubes (Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)

O Campeonato Carioca de 2018 terá árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês), mas só para testes. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) está perto de fechar um convênio com uma empresa suíça (Dartfish) para testar um modelo mais econômico da tecnologia, mas seguindo o protocolo da Fifa. O projeto está sendo tocado por Jorge Rabelo, presidente da comissão de arbitragem da entidade, e só depende agora de um aval do mandatário da Ferj, Rubens Lopes, que retorna de viagem no fim da semana.

O teste deverá ser feito nas partidas decisivas da competição (dez, no total) ao custo, para a entidade, de R$ 5 mil por jogo – mais passagens e alimentação para equipe de operadores. No total, Rabelo estima que serão investidos entre R$ 70 mil e R$ 80 mil pela Ferj para fazer os testes.

– Tive uma reunião hoje (segunda) com o representante da empresa no Brasil. Eles fizeram uma proposta para colocar no Carioca, testar os equipamentos. As câmeras deles não são essas de TV. No início do ano estiveram na Granja Comary apresentando, só que não foi em um jogo em si, simularam situações.

Rabelo explicou que a tecnologia não será utilizada já para corrigir eventuais erros da arbitragem nos jogos porque é preciso “aprender”:

– A grande verdade é que querem efetivamente aprender. Então, a primeira condição, que ficou estabelecido, é que os testes serão “offline”, ou seja, não vão interferir no jogo. Todos os problemas que têm ocorrido com o VAR, e são muitos, até colocando o experimento em risco, são em função de estar sendo negligenciado o teste offline. Alguns países fizeram, mas antes do protocolo da Fifa. Como eles querem aprender, e nós também, definimos o offline e isso reduz bastante o custo dos jogos. Só não está 100% aprovado porque a palavra final é do presidente da Ferj.

O presidente da comissão de arbitragem da Ferj contou ter recebido outra proposta, de uma empresa nacional, já para implementar a tecnologia e colocar em pleno funcionamento no Carioca, a um custo semelhante às estimativas da CBF, o que seria bem superior ao valor dos testes.

– A partir de 2019, se decidir usar online, aí vamos ver como a Ferj vai tratar a questão. Tivemos proposta de uma outra empresa, nacional, mas para já fazer online. E o custo era aproximadamente o custo da CBF, que estimou R$ 30 mil por jogo. Essa empresa nos mandou um custo de R$ 28,7 mil por jogo. No Carioca, você tem 126 partidas. Acredito que ficaria entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões. O VAR veio para ficar, só precisamos ter bastante prudência.

A ideia é analisar os resultados após o fim do Carioca e debater a implementação da tecnologia para entrar efetivamente em operação no campeonato de 2019. Rabelo afirma que o equipamento usado pela empresa suíça tem um custo inferior e, possivelmente, conseguirão fazer um orçamento abaixo dos R$ 30 mil por jogo.

– Ao final da competição vamos apresentar um resumo à empresa e à Ferj para vermos efetivamente o que aconteceu. Vão posicionar nos mesmos pontos que ficam as câmeras da Fifa, o equipamento é que será outro. De equipamento, é algo em torno de R$ 350 mil investidos pela própria empresa, e o custo para a Ferj é muito baixo. Eu acho que vale a pena. Todo o custo desses testes serão da Ferj, caso o presidente aprove.

Fonte: Globoesporte.com

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