Pesquisa divulgada recentemente, identificou que uma hora de atividade física diária é suficiente para proteção contra os riscos associados à jornada de trabalho em que hoje, em tempos modernos, para algumas pessoas, é de em média oito horas sentado em frente ao computador. Atualmente, o estilo de vida faz com que as horas sedentárias sejam cada vez maiores, e esses hábitos são extremamente prejudiciais a saúde. Todos sabem a importância de levantar a cada 20 minutos e fazer alongamentos durante a jornada de trabalho e da importância da atividade física, mas muitas pessoas permanecem com o comportamento sedentário.

De acordo com alguns estudos, 23% dos adultos no mundo, e de maneira alarmante, 80% dos adolescentes realizaram menos atividade física do que o necessário no ano de 2015. As consequência para saúde são grandes, principalmente para os indivíduos que passam o dia sentados. Manter o corpo parado por períodos prolongados pode aumentar de maneira significativa as chances de desenvolvimento de diversas doenças, incluindo, diabetes tipo dois e derrame.

Mas esse novo estudo, publicado na renomada revista médica “The Lancet”, aponta que uma hora de atividade física todos os dias pode inibir riscos de desenvolvimento de doenças, mesmo que a pessoa passe o dia sentada. Apesar de o estudo apresentar um dado alarmante que é a predisposição ao desenvolvimento de várias doenças ao passar o dia sentado, ele apresenta também uma solução: uma hora de exercício diário.

Ficou provado que os impactos das oito horas sentados podem ser aliviados através de atividades simples, como ciclismo, caminhada intensa entre outros, por no mínimo 60 minutos diários. O grupo analisou dados de mais de um milhão de pessoas, incluindo Europa, Austrália e América do Norte para avaliar quantas horas de atividade diária poderiam ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de doenças ligado a períodos estendidos em que a pessoa passa sentada.

Foi verificado que as pessoas que passavam mais de oito horas sentadas e eram ativos por menos cinco minutos, apresentavam um risco de morte aumentado em torno de 59% em comparação ao grupo controle que permaneceu sentado menos de quatro horas e praticou atividade diária por mais de 60 minutos. Mesmo os que praticavam 30 minutos já obtinham uma diminuição do risco, mais o ideal é que se chegue a 60 minutos.

Esse mesmo grupo realizou um estudo em 2008-2012 que atribuiu ao sedentarismo 5,3 milhões de mortes, mais do que às relacionadas ao cigarro e à obesidade.

Hoje o sedentarismo é considerado um dos maiores problemas de saúde pública e deve ser abordado de maneira intensiva por diversos profissionais, e o ideal é que seja desde a infância. Um importante exemplo é a variante do gene FTO, associada a um importante aumento de risco de obesidade e sobrepeso além de outras doenças associadas. Estudos mostram que quem é positivo para essa variação e pratica atividade física constante desde a infância, possui uma diminuição de risco considerável para o desenvolvimento de obesidade e diabetes tipo 2.

A atividade física é um dos principais moduladores epigenéticos do organismo, o que faz com que uma pessoa ativa tenha um padrão de expressão de genes muito mais saudável que o indivíduo sedentário. Vivemos um bom momento para explorar isso, com o final da Olimpíada Rio 2016 seria interessante que esse fosse um dos legados. Uma população mais ativa e preocupada com a saúde e que não se esqueça de levantar a cada 20 minutos.

Fonte: Globo.com

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