Quatro anos após surpreender os favoritos e conquistar a medalha de ouro nas argolas em Londres, Arthur Zanetti suportou a pressão pela conquista do bicampeonato e fez uma excelente prova nesta segunda-feira, assegurando a medalha de prata. Exausto pelos esforços físicos e pessoais, o atleta afirma que pretende tirar férias, mas, aos 26 anos, deseja começar um novo ciclo olímpico, visando os Jogos de Tóquio em 2020.

– Eu mudei bastante. Em 2012, foi minha primeira olimpíada, então ainda tinha aquela ansiedade, não sabia como funcionava, como era competir nos Jogos. Hoje, não. Amadureci bastante, 26 anos, então, estou com a cabeça bem melhor. Mas sempre tem um pouquinho a mais para melhorar e a gente pretende continuar, pelo menos, mais um ciclo – afirmou o ginasta.

Agora, no seleto quadro de atletas brasileiros com duas medalhas olímpicas, Arthur Zanetti quer continuar mostrando ao Brasil seu amor pela ginástica artística. O atleta afirma que os resultados por equipe e individuais dos ginastas do Brasil são indícios da qualidade de material humano que existe por todo o país. E como um “embaixador” do esporte, Zanetti pretende contribuir por uma ginástica mais popular.

– O meu grande objetivo é sempre estar dando bons resultados e mostrando o melhor para a nova geração. O que eu espero, pelo menos na ginástica, é que se torne um esporte popular. Tivemos grandes resultados com o Diego e com o Nory (prata e bronze no solo), amanhã tem o Francisco na barra, então, vamos torcer para ele, vou estar lá torcendo bastante. Esse é meu objetivo, sempre divulgar um pouquinho mais a ginástica pelo Brasil, para ser um esporte bem popular. É um esporte maravilhoso de se ver. Vamos tentar fazer o máximo possível – disse.

Por fim, questionado se havia uma diferença entre a medalha de ouro em Londres, em 2012, e a prata da Rio 2016, Arthur Zanetti não pensou duas vezes em afirmar que o pódio em casa, mesmo que não tenha sido no lugar mais alto, tem um sabor muito mais gostoso.

– Essa medalha teve um peso a mais do que a de Londres. Competir em casa é muito melhor, muito mais gostoso e gratificante. E o peso dessa medalha é mais do que de ouro. É de diamante – concluiu Arthur Zanetti.

Fonte: Globo.com

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