O desempenho da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi avaliado positivamente pela direção do Time Brasil, nesta segunda-feira, um dia após o fim das competições. O país, que teve sua maior delegação na história nesta edição, com a participação de 465 atletas, somou 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. Para o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Carlos Arthur Nuzman, a equipe se despede da competição com a sensação de que fez um bom trabalho.

– Queria dizer que nós temos o dever cumprido. Um dever cumprido em uma Olimpíada que tem características que a gente já vem falando há algum tempo. A diversificação de resultados por continentes e países, com países que ganharam medalhas pela primeira vez na história. Se pegarmos os números dos primeiros colocados (no quadro de medalhas), vão ver que esse numero é abaixo do que eles vinham também conquistando. Então, os Jogos vêm trazendo essa universalidade de um maneira muito intensa. Cada vez mais em benefício da juventude, dos futuros atletas – disse Nuzman.

Os sete ouros, seis pratas e seis bronzes proporcionaram ao Brasil o melhor desempenho do país na história dos Jogos Olímpicos. O top 10 no quadro de medalhas não saiu, mas a 13ª posição foi considerada honrosa para o país-sede, que teve o investimento de R$ 700 milhões de recursos públicos no último quadriênio, além do dinheiro arrecadado com fontes particulares. Apesar da previsão de antes do início das competições não ter sido alcançada, os números máximos de medalhas e de ouros foram superados.

– Ver a nossa casa (receber uma Olimpíada) e ter a responsabilidade de representar o nosso país da forma que representamos, é motivo de grande orgulho. Tivemos uma operação espetacular, que motivou toda a delegação, com o maior número de atletas classificados, além da diversificação e ampliação no número de modalidades (com medalhas), pulando para 12. Isso tudo motiva a todos os brasileiros, com esse resultado que superou todos os resultados anteriores. Antigamente, tínhamos resultados onde as medalhas de bronze eram muitas, algumas a mais de prata e pouquíssimas de ouro. Hoje se inverteu. Começamos com sete de ouro, seis de pratas e seis de bronze, invertendo essa situação – comentou Bernard Rajzman, chefe de missão do Time Brasil.

A melhor participação do país até então tinha sido em Londres 2012, com 17 medalhas, sendo três ouros, cinco pratas e nove bronzes, terminando 22º no quadro de medalhas. Mas em quantidade de ouro – que é o primeiro parâmetro na avaliação do desempenho dos países em Olimpíadas – o melhor resultado era em Atenas 2004, com cinco garantidos. A direção do Time Brasil apresentou nesta segunda-feira para imprensa brasileira um balanço do desempenho do país na Rio 2016. Marcus Vinícius Freire, diretor-executivo do COB, mostrou a evolução no quadro geral de medalhas e também ressaltou o maior alcance no número de modalidades premiadas (12 no total, antes o recorde era 9, em Londres) e o recorde de finais.

– Em relação a finais, sse é um número muito importante para gente. Nos saltamos de 36 finais em Londres para 71 no Rio. Isso mostra a qualidade do trabalho, independentemente de medalhas. Além disso, das 71 finais disputadas, 19 desses atletas ou equipes ficaram em quarto ou quinto lugar. Ou seja, muito próximos da medalha. Chegar perto da medalha também mostra que o trabalho está sendo bem feito – ressaltou.

Questionados sobre a evolução menor do Brasil em relação aos saltos dados pela maioria dos países que receberam os Jogos Olímpicos, os dirigentes evitaram comparações. Marcus Vinícius ressaltou, no entanto, que a diferença no tempo do investimento costuma ser determinante. Segundo o diretor-executivo, o Time Brasil fica atrás nesse sentido, uma vez que teve um aumento considerável no suporte financeiro apenas no último ciclo olímpico.

– A meta (de ficar no top 10) foi difícil e ousada. Não era fácil, mas era factível. Tanto que ficamos a apenas três medalhas do objetivo. Qual a diferença para os outros países? Eles têm o investimento há vários quadriênios.

As medalhas de ouros foram conquistadas por Rafaela Silva (judô), Thiago Braz (salto com vara), seleção masculina de vôlei, Alison e Bruno Schmidt (vôlei de praia), seleção masculina de futebol, Robson Conceição (boxe) e Martine Grael e Kahena Kunze (vela). As pratas saíram com Isaquias Queiroz (canoagem – uma individual e uma com o Erlon de Souza), Ágatha e Bárbara (vôlei de praia), Arthur Zanetti (ginástica artística), Diego Hypolito (ginástica artística) e Felipe Wu (tiro esportivo). O time dos medalhistas de bronze foi formado por Mayra Aguiar (judô), Rafael Silva (judô), Poliana Okimoto (maratona aquática), Maicon Siqueira (taekwondo), Arthur Nory (ginástica artística) e Isaquias Queiroz (canoagem).

Fonte: Globo.com

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