Pela primeira vez na história da Taça Libertadores, não há na final representantes de Brasil ou Argentina, as duas maiores forças futebolísticas da América do Sul, nem Olimpia ou Peñarol, maiores campeões fora desses países. Em 2016, a competição terá uma decisão “alternativa”. O colombiano Atlético Nacional, campeão em 1989, e equatoriano Independiente del Valle, finalista inédito, duelam nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Medellín, pela sonhada taça contintenal.
Apelidada de “final do Centenário”, em referência ao aniversário da Conmebol, a partida decisiva no estádio Atanasio Girardot pode ser símbolo, entre os clubes, de uma “nova ordem” que já ameaça surgir entre os países do continente. Os resultados das últimas duas Copas América e do primeiro terço das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018 apontam que, hoje, equipes de menor tradição conseguem dar muito mais trabalho aos gigantes continentais.
A decisão desta quarta interromperá um domínio de oito anos da dupla Brasil-Argentina, um dos maiores da história da Taça Libertadores. O último campeão não-oriundo desses países foi a LDU, do Equador, em 2008 – e, antes dela, o Once Caldas, da Colômbia, quatro anos antes. Curiosamente, esta será a primeira final entre times colombianos e equatorianos, e também a primeira desde 1991 sem times brasileiros ou argentinos. E para fazer história com este confronto, os dois times tiveram que superar equipes tradicionais.
O Independiente del Valle, que joga a Libertadores apenas pela terceira vez em sua história, tornou-se o que os outros países da América chamam de “Mata Gigantes” durante a campanha surpreendente: conseguiu vitórias sobre os ex-campeões Atlético-MG (fase de grupos), River Plate (oitavas de final) e Boca Juniors (semifinais). Do outro lado, o Atlético Nacional despachou o tricampeão São Paulo nas semifinais e venceu duas vezes o pentacampeão Peñarol na fase de grupos.
Fonte: globoesporte.com