O senador Cid Gomes (PSB) comunicou ao governador Elmano de Freitas (PT) que não integra mais a base de sustentação da gestão estadual. A informação é da deputada estadual Lia Gomes (PDT), irmã do ex-governador.
Segundo a parlamentar, a conversa entre Cid e Elmano ocorreu no sábado (16), em Fortaleza.
“Disse (ao governador) que não se sente mais fazendo parte do grupo porque acha que existe uma concentração de decisão nas mãos das pessoas do PT”
Questionada se a decisão teria como motivo a indicação de Fernando Santana (PT) ao comando da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), a deputada informou que esse foi apenas “mais um fato”, mas que já existia a insatisfação – e que o senador não teria sido chamado a debater a sucessão de Evandro Leitão (PT) na Casa.
À coluna, o deputado estadual Fernando Santana (PT) disse que a questão do Cid é com o partido, e não com o nome dele.
“Parece-me que o problema não é nome e sim partido. Contudo, eu particularmente tenho pelo Cid muito respeito”, disse.
Decisão individual
O senador teria feito questão de comunicar aos aliados com antecedência que a decisão é pessoal.
“Cid colocou todo mundo à vontade e fez questão de dizer que era uma decisão dele pessoal”, explicou Lia.
Aliança
Aliados na última disputa municipal, Cid Gomes e Camilo Santana, com Elmano de Freitas, elegeram a maior quantidade de prefeitos no Interior do Ceará.
O PSB, presidido por Eudoro Santana e também coordenado por Cid, elegeu 65 prefeitos e o PT ficou com 47, incluindo Fortaleza.
No total, mesmo elegendo menos gestores, o PT vai governar 3,7 milhões de cearenses nos municípios e o PSB vai gerir 1,8 milhão de pessoas.
Repercussão
A coluna procurou o senador Cid Gomes, o Palácio da Abolição e a presidência estadual do PT. Caso haja qualquer manifestação, o espaço será atualizado.
Diário do Nordeste/Wagner Mendes