Aproximadamente 370 mil fortalezenses têm anticorpos contra o novo coronavírus, segundo avaliação da primeira fase da pesquisa de impacto do coronavírus na Capital, apresentada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS), nesta sexta-feira (19). O número corresponde a 14% da população.
“Comparativamente a Wuhan, cidade onde primeiro foi diagnosticado o surto da Covid-19, lá tinham valores próximos a 10% ao final da epidemia, e nós temos valores de 14%. Uma cidade como Nova York tem valores em torno de 20%, tendo aquele número de casos e óbitos daquela proporção”, explicou o secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins, o Dr. Cabeto.
Em Fortaleza, o número de diagnosticados com o vírus é de 32.423. O maior do estado desde o início da pandemia. A capital contabiliza ainda 3.086 óbitos pela doença, segundo dados atualizados até as 9h59 desta sexta-feira na plataforma IntegraSUS.
Apesar do percentual apontado pelo levantamento, o secretário da Saúde reafirma que ainda é necessário respeitar o isolamento social.
“Precisamos ainda cumprir o decreto. Sabemos que não é fácil, mas a gente vem reforçar aqui que tá diante de um plano de flexibilização que vai acontecer por regiões de saúde. Cada um de vocês é um fiscal dessas iniciativas, cada um de vocês é responsável tanto quanto nós, estado e município, para o cumprimento dessas ações. Vai depender disso a evolução dessa flexibilização que tantas pessoas desejam”, salientou.
Os dados do estudo são descritivos e ainda precisam de confirmação a partir das próximas rodadas, de acordo com a Sesa e a SMS. Segundo o Dr. Cabeto, análises semelhantes já estão sendo realizadas nos municípios de Sobral e Iguatu, no Interior do Ceará.
Regional I tem maior proporção de casos
As análises foram feitas a partir de 3.300 testes realizados em 39 bairros de Fortaleza, entre 2 e 15 de junho. Revelou-se maior prevalência da doença causada pelo vírus, a Covid-19, na Regional I da cidade, com percentual de casos positivos de 20,3% nesta região. Bairros como Barra do Ceará, onde chegou a ser registrado o maior número de mortes pela doença em Fortaleza, fazem parte da Regional I.
Já a Regional II, epicentro inicial da doença na capital, atingiu o percentual mais baixo de prevalência do vírus, segundo o estudo, com 7,1%. Os primeiros casos do novo coronavírus no Ceará foram confirmados em moradores dos bairros Meireles e Aldeota, pertencentes à Regional II.
Nas regionais III IV, o percentual ficou entre 14,2% e 14,8%.
Os testes foram obtidos em parceria com a Federação de Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e realizados pelo Instituto Opnus. Outras duas fases ainda devem ser realizadas e vão direcionar ações de assistência à saúde e a flexibilização das atividades econômicas.
Nordeste Notícia
Fonte: SVM