É tempo do Botafogo, o mais novo campeão da Libertadores. E quis o destino que o grande nome dessa conquista histórica – e dramática – fosse o dono atual da mítica camisa 7, Luiz Henrique, eleito o melhor jogador da competição. O atacante, com a aura de Garrincha, Jairzinho e Túlio Maravilha, colocou a final no bolso com um gol e um pênalti sofrido (e convertido por Alex Telles), para levar o Glorioso à vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, mesmo com um a menos desde o primeiro minuto, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.
Vargas diminuiu e Júnior Santos, no último lance, fechou o placar para se coroar como artilheiro da competição e nome importante nas primeiras fases, até se machucar.
Nunca o hino que diz “foste herói em cada jogo” fez tanto sentido numa equipe que era favorita, mas se viu com apenas 10 jogadores. A expulsão mais rápida de uma final de Libertadores, de Gregore, por acertar as travas da chuteira na cabeça de Fausto Vera, no meio de campo com 29 segundos, deu ares de drama. Só que foi aí que entrou a qualidade do trabalho de Artur Jorge e a entrega do grupo.
Primeiro tempo irretocável do Botafogo
Os torcedores podem ter se desesperado com o histórico de decepções e temido pelo pior. Mas, com exceção dos primeiros minutos, parecia que era um jogo de 11 contra 11, tamanha a organização do Botafogo. Sem Bastos, vetado com lesão muscular, o time passou a jogar com Marlon Freitas entre os zagueiros e deu a bola para um Atlético-MG que não soube o que fazer com ela.
O apito final. O Botafogo de Futebol e Regatas é campeão da Libertadores da América! pic.twitter.com/cIzWn12wpp
Dois chutes de fora da área de Hulk, com liberdade na marcação após o recuo do volante, foram os únicos momentos de perigo. Os mineiros abriam o jogo, mas não conseguiam superar a recuada linha de cinco que muitas vezes virava de seis, com Luiz Henrique ajudando a defesa botafoguense.
A aposta do Botafogo foi na qualidade ofensiva, que resolveu. Na primeira vez em que conseguiu trocar passes e rodar a bola, fez uma a jogada decisiva, aos 34 minutos: Almada abriu para Luiz Henrique, que achou Marlon Freita para chutar livre, a bola desviou no argentino e sobrou pra para o atacante abrir o placar.
O que já era ótimo ficou espetacular quando Luiz Henrique aproveitou bobeada da zaga atleticana e sofreu pênalti de Everson. Telles cobrou e ampliou para 2 a 0.
Gol do Atlético-MG no início da segunda etapa
Diante do cenário, era de se esperar um Atlético-MG diferente. Milito, que demorou a mexer, tirou o esquema com três zagueiros e foi pra cima com três mudanças. E o primeiro minuto voltou a ser tenso para os botafoguenses, já que Vargas, que acabara de entrar, diminuiu de cabeça, após escanteio.
O que era tensão virou drama, então. Com Hulk pela ponta direita fazendo dupla com Mariano, a defesa do Botafogo passou a sofrer. E veio, enfim, a pressão mineira. Deyverson quase empatou ao cabecear sozinho, mas para fora.
Artur Jorge então reforçou a marcação com as entradas de Marçal e Danilo Barbosa (saíram Telles e Savarino). Não funcionou completamente porque os jogadores já demonstravam desgaste físico e deram mais espaço nas laterais.
Menos mal que o Galo só tinha praticamente uma jogada, que era cruzamento para a área contra a recuada defesa. Quando não alçou a bola, Hulk obrigou John a fazer grande defesa e, já depois dos 40, Vargas teve duas chances claras e isolou cara a cara com o goleiro.
Ainda houve tempo de, no último minuto, Júnior Santos fazer jogada individual e ainda pegar o rebote para fazer 3 a 1 e fazer os botafoguenses soltarem o grito entalado na garganta. Agora, a taça da Libertadores conta com uma estrela solitária em sua base de madeira.
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