Legenda: Especialistas consideram rara simultaneidade de eventos astronômicos. (Imagem ilustrativa) Foto: NASA
Fãs de astronomia podem acompanhar, a partir desta noite de terça-feira (17), um encontro de fenômenos no céu: um eclipse lunar parcial com uma superlua. Além desses dois, ainda é possível observar uma conjunção planetária envolvendo a Lua e Saturno. A simultaneidade de eventos astronômicos é considerada rara por especialistas e pode ser observada a olho nu.

O que são os fenômenos? Caracterizada pelo momento em que o satélite natural da Terra aparenta ter aumentado de tamanho, ficando cerca de 30% mais brilhante, a superlua ocorre quando o corpo celeste atinge o ponto mais próximo do Planeta, na sua órbita elíptica, ao mesmo tempo, em que está em sua fase cheia.

Já o eclipse lunar parcial acontece quando a sombra da Terra, gerada pela luz solar, cobre parte da Lua, deixando-a obscurecida por alguns momentos. Nesta terça-feira, cerca de 3,5% da área do disco lunar ficará encoberta. A previsão é de que o evento seja observado entre às 23h12 de hoje até a 0h16 de quarta-feira (18).

Antes de o eclipse parcial lunar despontar, os fãs de astronomia podem observar, também a olho nu, uma conjunção planetária entre a Lua e Saturno, na constelação de Aquário. O evento está previsto para acontecer entre 17h08 e as 21h08. “Durante toda a noite Saturno e a Lua estarão muito próximos”, explica o professor Roberto Dell-Aglio.

Horários e fases do eclipse lua parcial

  • Entrada da Lua na penumbra da Terra: 21h41 (dificilmente perceptível a olho nu)
  • Entrada da Lua na umbra: 23h13
  • Meio do eclipse: 23h44
  • Saída da Lua da umbra: 0h16
  • Saída da Lua da penumbra: 1h47

Acompanhe eclipse lunar ao vivo

Observatório Nacional transmite ao vivo o eclipse parcial da Lua. O programa “O céu em sua casa: observação remota” exibe o fenômeno, que pode ser visto em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. O vídeo em tempo real do fenômeno começa a ser transmitido a partir das 21h30, através do canal do órgão no YouTube. (Acompanhe abaixo)

 

Como observar o eclipse da lua

A astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento, avalia que “não é preciso nenhum equipamento especial para observar o eclipse. Além disso, os observadores podem olhar diretamente para a Lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos”.

Eclipses da Lua e eclipses do Sol acontecem em sequência. Isso se deve ao fato do plano de órbita da Lua ser inclinado em relação ao plano de órbita da Terra, de aproximadamente 5 graus. Se não houvesse essa inclinação em toda Lua Nova haveria um eclipse do Sol e em toda Lua Cheia haveria um eclipse da Lua.

Em sequência ao eclipse da Lua, haverá o eclipse anular do Sol no dia 2 de outubro, que também será transmitido pelo Observatório Nacional.

 

 

Diário do Nordeste

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