As irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28, foram mortas após serem sequestradas na manhã do último sábado (14), na cidade de Porto Esperidião, em Mato Grosso. Segundo informações do g1, a motivação para o crime seria um gesto feito pelas jovens em uma foto, interpretado como sendo o símbolo da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Rayane era candidata a vereadora no Município e administrava um circo com a irmã. Elas foram sequestradas e torturadas em uma casa usada como cativeiro, com outros dois jovens, por membros de uma facção criminosa, segundo a Polícia Civil do Mato Grosso. Um dos jovens conseguiu fugir do cativeiro e foi até a delegacia.
“A priori a motivação seria essa foto. Eles pegaram as vítimas em uma festa na Beira Rio, na própria festa vasculharam os celulares das meninas e depois as conduziram para a casa. Enquanto torturavam, ligavam para familiares pedindo R$ 100 mil”, explicou ao G1 o delegado responsável pelo caso, Higo Rafael.
A Polícia Civil também investiga a possibilidade de a morte das irmãs ter sido encomendada por um preso da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
“Todos [os presos] confessaram. A todo momento [do crime], estavam em videochamada com um preso da PCE. Foram cerca de três horas de tortura e eles permaneceram cumprindo o que esse preso determinava. Tudo comandado de dentro do presídio. Um dos que confessaram disse que elas já tinham sido ‘decretadas’ pela facção”, contou.
Ao todo, nove pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento nos assassinatos.
O que se sabe sobre o crime
As irmãs e os dois homens, que não tiveram o nome revelado pela Polícia, foram sequestrados na noite de sexta-feira (13), na saída de uma festa.
Segundo a Polícia Civil, um deles conseguiu fugir do cativeiro e procurou socorro. Ele relatou que os suspeitos pediram para que o grupo seguisse até o cativeiro.
No local, os agentes encontraram o outro rapaz ensanguentado, com um dos dedos da mão esquerda e a orelha esquerda cortados, segundo informação da CNN. As irmãs já foram encontradas mortas. Elas tiveram os cabelos cortados e os corpos tinham sinais de tortura.
Ainda conforme o delegado Higo Rafael, não há indícios de que as vítimas tenham envolvimento com práticas ilícitas. As irmãs fizeram parte do circo durante parte da vida e, nas redes sociais, falavam sobre o orgulho que tinham de fazer parte da cultura circense.
Diário do Nordeste