Conforme informação apurada pelo g1, todos os homens presos na operação eram parentes das vítimas: pais, padrastos ou tios das crianças e adolescentes abusados.

No caso das duas mulheres, os abusos eram cometidos pelos companheiros delas e com o consentimento delas. Conforme a investigação, em alguns casos, elas teriam oferecido as filhas aos companheiros.

Contra essas mulheres, a polícia cumpriu dois mandados para colocação de tornozeleira eletrônica.

Os mandados, deferidos pela 1ª Vara Criminal de Boa Viagem, foram cumpridos na sede e na zona rural do munícipio. — Foto: Reprodução/TV Verdes Mares
Os mandados, deferidos pela 1ª Vara Criminal de Boa Viagem, foram cumpridos na sede e na zona rural do munícipio. — Foto: Reprodução/TV Verdes Mares

Os mandados de prisão contra os sete suspeitos de estupro e de colocação da tornozeleira eletrônica contra as duas mães fazem parte da Operação “Infância Perdida”, da Promotoria de Boa Viagem.

Os nove acusados – os homens presos e as mães – agiam separadamente e eram de famílias diferentes, mas tinham em comum o fato de abusar de pessoas do próprio grupo familiar. Além disso, alguns deles filmavam as cenas de estupro.

A investigação teve início a partir de denúncias vindas de diversas origens como o Conselho Tutelar, as escolas onde as vítimas estudavam e o Disque 100. Os mandados de prisão foram cumpridos na sede e na zona rural do município.

Segundo o Ministério Público do Ceará, os sete homens vão responder pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de cena de sexo explícito envolvendo adolescente.

Já as duas mães serão acusadas por estupro de vulnerável por omissão imprópria, já que tinha ciência dos abusos, mas não denunciaram nem fizeram nada para evitá-los.

Algumas das crianças e adolescentes vítimas dos abusos foram recolhidas para abrigos. Se confirmada a condenação dos suspeitos, eles devem perder a guarda.

O promotor Alan Moitinho, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Boa Viagem e responsável pela operação, destacou que no Brasil os abusadores são, em sua maioria, conhecidos das vítimas, como pais, mães, padrastos, madrastas ou tios.

“Por isso, a importância da aproximação da rede de proteção da infância e da divulgação dos canais para denúncias”, pontuou o membro do MP do Ceará, lembrando ainda da subnotificação dos casos “devido a dificuldades para comprovar os abusos, o medo ou a vergonha das vítimas em denunciarem e, até mesmo, conivência das pessoas próximas às vítimas de violência sexual.”

 

 

g1

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