Um tremor de terra danificou casas e assustou moradores da cidade de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, na madrugada deste sábado (18). O evento sismológico foi sentindo principalmente nas regiões de Amanari e na Serra do Lagedo.
Conforme o sismólogo Eduardo Menezes, do Laboratório de Sismologia (LabSis), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora os eventos sismológicos no Ceará, o tremor em Maranguape teve magnitude de 1.8 e aconteceu às 1h13.
“Esse evento, apesar de ter sido de baixa intensidade, de magnitude 1.8, ele é bastante raso e gera uma vibração mais forte e assusta a população das áreas onde são sentidos”, disse Eduardo Menezes.
De acordo com a Defesa Civil do município, o epicentro do sismo foi na comunidade Manuel Guedes Rato de Baixo, próximo à barragem do açude de Itapebussu.
Casas danificadas
Um vídeo feito por um morador do distrito de Itapebussu, a cerca de 45 quilômetros de distância da sede da cidade, mostra a parede da casa bastante danificada, com partes do reboco caídas no chão após o tremor.
“Quando eu cheguei aqui, que abri a luz e olhei para cima, minha Nossa Senhora! O reboco já estava caindo. Se eu fosse derrubar isso aqui com alguma coisa não cairia desse jeito. […] Eu estava no sofá só escutei um “bum”, pensei até que tinham derrubado uma coluna aqui ou um carro tinha entrado de uma vez”, falou o morador na filmagem.
Segundo o sismólogo Eduardo Menezes, Maranguape é uma das áreas com “repetições de sismicidade”, causadas por falhas geológicas.
“Normalmente esses tremores são provocados por falhas geológicas que geram essas vibrações sentida pela população da região na qual se originam. Essa região de Maranguape a gente já vem monitorando já há algum tempo, inclusive tem uma estação nossa, com apoio da Defesa Civil do município e do Estado, que nos dá essa condição de ter diariamente esse monitoramento e o acompanhamento de todos os eventos que possam ocorrer aí. No Ceará nós temos várias áreas, como ade Chorozinho, essa de Maranguape e Sobral com repetições de sismicidade”, explicou Eduardo Menezes.
g1