Ciro e Cid Gomes foram alvos de operação da PF, suspeitos de envolvimento em irregularidades na construção da Arena Castelão Imagem: Reprodução/Flickr Senado

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região atendeu hoje a um pedido do pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, para anular mandado de busca e apreensão expedido no fim do ano passado numa operação que investiga desvios de verba durante obras realizadas na Arena Castelão de 2010 a 2013. Nesse período, Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro, era governador do Ceará.

Com a decisão, proferida hoje por unanimidade na Quarta Turma do tribunal, eventuais provas encontradas durante a operação não podem ser usadas contra Ciro no processo.

“Mesmo com a decisão, as investigações continuam e o processo segue sob segredo de Justiça”, disso o TRF-5 em nota.

Ciro Gomes também comentou sobre a anulação da ação da PF realizada contra ele.

“Mesmo nos momentos de maior indignação nunca duvidei de que a verdade e a justiça prevalecessem sobre o arbítrio, a manipulação e a prepotência. Esta decisão do TRF-5 honra o judiciário brasileiro”, declarou hoje o pedetista.

Em contato com o UOL, a defesa de Ciro reiterou o posicionamento de que a busca e apreensão foi arbitrária. “O tribunal reconheceu isso por unanimidade. Não havia elemento para invadir a casa de Ciro Gomes”, afirmou em nota o advogado Walber Agra.

“Ciro Gomes é citado em três delações premiadas sobre o caso e não aparece como implicado em nenhuma delas”, destacou Agra.

Sigilos seguem levantados

No fim do ano passado, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão contra Ciro Gomes. Ciro classificou a ordem de busca e apreensão como “abusiva”.

À época, a Justiça quebrou os sigilos bancário, telefônico e fiscal de Ciro de 2009 a 2014. Segundo informou hoje a defesa do pedetista, Ciro não pediu a revogação dessas medidas porque “não está incomodado” com o inquérito.

“Ele acredita que um homem público deva ter seus dados acessíveis à Justiça”, disse o advogado Walber Agra.

A investigação

Segundo a PF, há indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.

A corporação aponta que há indícios de que as propinas teriam sido pagas para que a empresa Galvão Engenharia vencesse licitação das obras da Arena Castelão e também, durante a execução do contrato, para que pudesse receber os valores devidos pelo governo do Ceará.

Além de Ciro, Cid e Galvão Engenharia, mais 13 pessoas e instituições foram alvo da investigação da PF:

  1. Lúcio Gomes
  2. Hélio de Vasconcelos
  3. José Jucá Filho
  4. Fernando Antônio de Oliveira
  5. Gerardo Júnior Cavalcante Lopes
  6. Distribuidora Noronha LTDA
  7. Comercial de Aço e Cimento Souza Lopes
  8. PL Comércio Material de Construção e Transportes
  9. Legend Engenheiros Associados
  10. SM Terraplanagem
  11. Ricardo Cordeiro de Toledo
  12. José Valentim
  13. Raimundo Freitas

 

A decisão do TRF-5 a favor de Ciro não atende aos outros investigados no caso, que ainda podem recorrer ao mesmo colegiado.

 

 

 

Nordeste Notícia
Fonte: UOL

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