O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou nesta sexta-feira (8) a prorrogação da Força Nacional no Ceará por 30 dias. Desde o dia 4 de janeiro, 400 homens da Força Nacional reforçam o patrulhamento de vias e ações de inteligência no estado.
Desde o dia 2 de janeiro, quando começaram as ações criminosas, ocorreram 261 ataques contra ônibus, carros, prédios públicos, prefeituras e comércios em 50 dos 184 municípios cearenses.
Moro atendeu a pedido do governador do estado, Camilo Santana. Para o ministro, a atuação da Força Nacional ajudou a reduzir ações de grupos criminosos, além de garantir ordem e proteção à população do estado.
As ações criminosas começaram em Fortaleza e se espalharam para a Região Metropolitana e diversas cidades do interior. A Secretaria da Segurança Pública do Ceará confirmou que 461 pessoas já foram detidas por envolvimento nas ações criminosas.
Foram 26 dias seguidos de ataques criminosos no estado. Após a série seguida de violência, o Ceará não registrou nenhuma ação criminosas na segunda-feira (28), de acordo com o Governo do Estado. No entanto, bandidos voltaram a incendiar veículos no dia 29 de janeiro.
Depois disso, o Ceará ficou cinco dias sem ataques criminosos, mas após a trégua, um caminhão com trigo foi incendiado em Fortaleza, na madrugada de segunda-feira (4).
Criminosos voltam a atacar no Ceará
Redução de crimes
Em ofício enviado ao governador Camilo Santana, o ministro Sérgio Moro ressaltou que a atuação da Força Nacional em conjunto com as forças de segurança estaduais promoveu uma redução das ações causadas pelos grupos criminosos, restaurando a lei, a ordem e protegendo a população cearense.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, durante os próximos 30 dias será feito um plano de desmobilização gradativa, de acordo com avaliação da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Segundo a pasta, de acordo com a gravidade e o número de incidentes, a Força Nacional estará pronta para retornar ao estado.
Além do apoio da Força Nacional, o ministério também prestou apoio com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional, além de ter entregue equipamentos de segurança para as forças locais.
Segundo o ministério, mais de 40 presos foram transferidos para presídios federais desde o início dos ataques no estado.