Um grande meteoro foi registrado na noite de 20 de junho no Ceará, com trajetória entre as cidades de Jaguaretama e Icó. A bola de fogo chamou a atenção de moradores dos municípios por ter se manifestado no céu por oito segundos, o que é considerada uma longa duração para um fenômeno do tipo, conforme Lauriston Trindade, membro da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).

“Há relatos também de pessoas que ouviram um grande barulho seguido desse meteoro. Esses grandes meteoros geralmente acontecem na madrugada, quando a maioria das pessoas estão dormindo, então passam despercebidos. Mas esse aconteceu relativamente cedo, às 23h, por isso mais pessoas repararam”, explica.

Trajetória

O corpo celestre foi captado por quatro câmeras de observadores amadores. Duas delas estavam posicionadas no Ceará, em Maranguape e Iguatu; outras duas estavam na Paraíba, nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Com a ajuda dos equipamentos foi possível calcular a trajetória e outros detalhes do objeto.

“Ele percorreu a atmosfera da terra com uma velocidade de 12km/segundo [43 km/h] e atravessou 117 quilômetros, até cair na altura de Icó. De posse da trajetória, estamos tentando determinar a região onde possa existir os meteoritos”, afirma o observador.

Trajetória do meteoro visto no Ceará, entre Jaguaretama e Icó. (Foto: Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon))

Trajetória do meteoro visto no Ceará, entre Jaguaretama e Icó. (Foto: Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon))

“Ainda é necessário fazer diversos cálculos e uma análise mais aprofundada, mas estamos estimando que possa ter sobrado alguns quilos de meteorito”, supõe Lauriston Andrade, referindo-se aos fragmentos que podem ter sobrado do bólibo.

A maioria meteoros que chega à atmosfera terrestre desintegra-se antes de atingir o solo.

Apesar de ter atraído os olhares da população das cidades por onde sobrevoou, o meteoro não causaria grande perigo com a queda. “Esse tipo não tem riscos para as pessoas, principalmente porque caiu na zona rural, numa região pouco povoada”, comenta o membro da Bramon.

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