Estados Unidos e Coreia do Sul realizaram nesta quarta-feira (05/07) testes militares conjuntos com mísseis balísticos em resposta ao lançamento de um míssil intercontinental realizado na véspera pela Coreia do Norte.
Os disparos, em direção ao Mar do Japão, incluíram o uso do modelo balístico sul-coreano Hyunmoo-21 e o americano ATACMS. Os testes ocorreram por ordem direta dos presidentes Moon Jae-in e Donald Trump.
O regime norte-coreano, liderado por Kim Jong-un, garantiu que o novo modelo de míssil balístico intercontinental (ICBM), lançado na terça-feira, pode transportar uma ogiva nuclear de grande dimensão e atingir qualquer lugar do planeta.
A informação ainda não foi confirmada por Seul e seus aliados ocidentais. A conclusão do Ministério de Defesa sul-coreano é que se trata de um ICBM com capacidade para percorrer entre 7 e 8 mil quilômetros e que viria a ser uma evolução do Hwasong-12, de alcance médio.
Os dados analisados pela Coreia do Sul não permitem confirmar que o míssil tem capacidade para voltar a entrar na atmosfera terrestre corretamente, um elemento-chave para que este tipo de armamento seja ou não eficiente.
Segundo Pyongyang, o Hwasong-14 alcançou 2.802 quilômetros de altura e percorreu 933 quilômetros em 39 minutos até cair em águas do Mar do Japão (chamado de “Mar do Leste” nas duas Coreias).
Além disso, Seul admitiu que a capacidade de Pyongyang para miniaturizar ogivas nucleares para equipar mísseis atingiu um nível “considerável” e que há “uma alta probabilidade” que o regime realize um novo teste nuclear em breve.
Este novo teste representa um grande avanço no programa armamentístico do regime de Kim Jong-un e causou a condenação, uma vez mais, da comunidade internacional.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, insistiu na necessidade de uma “ação global” para deter a “ameaça mundial” que representa o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, pediu na terça-feira uma reunião urgente do Conselho de Segurança para abordar o novo lançamento de um míssil pela Coreia do Norte.
RPR/rtr/ots
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